Notícia
Fernando Medina "lamenta" que não se tenham evitado eleições
O ex-ministro das Finanças do governo de António Costa critica as posições extremadas, incluindo do PS, na polémica com a empresa familiar de Luís Montenegro e fala de aproveitamento político.
No final da votação da moção de confiança, Fernando Medina anunciou uma declaração de voto o que indiciava já uma posição de distanciamento face à opção do PS de rejeitar a iniciativa do Governo. Agora, de viva voz, diz que "lamenta" que não se tenham evitado eleições.
"[Queria] sublinhar o aspecto, este lamento de não se ter conseguido chegar a um ponto em que poupássemos o país a uma situação de uma crise política e novas eleições", afirmou em entrevista à Antena 1 no programa "Política com assinatura". Para o ex-ministro das Finanças de António Costa, considera que "é preciso ter consciência de que o país não quer novas eleições, o país de certa forma está um pouco, um pouco, é um eufemismo, está bastante, cada vez mais desligado daquilo que vai havendo na realidade política ou mediática, que não lhe diz nada na resolução dos seus problemas concretos."
Questionado sobre as responsabilidades, Medina isenta os partidos da oposição de terem iniciado esta crise, mas aponta críticas ao PS "no decurso" de todo o debate à volta da empresa familiar de Luís Montenegro.
A moção de confiança foi rejeitada esta terça-feira no Parlamento, precipitando o país para eleições antecipadas. O Presidente da República ouve esta quarta-feira os partidos com assento parlamentar e convocou o Conselho de Estado para o dia seguinte. Marcelo Rebelo de Sousa já apontou para legislativas antecipadas entre os dias 11 ou 18 de maio.