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Facebook fornece ao Congresso dos EUA conteúdo de anúncios comprados por russos

A detentora da rede social Facebook anunciou esta quinta-feira que decidiu fornecer o conteúdo de três mil anúncios, comprados por uma agência russa, a congressistas norte-americanos que estão a investigar interferências de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

21 de Setembro de 2017 às 21:43
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A decisão ocorre depois de a empresa ter sofrido pressões crescentes de congressistas norte-americanos para divulgar o conteúdo dos anúncios.

 

A companhia liderada por Mark Zuckerberg já entregou os anúncios às autoridades federais que estão a investigar a alegada interferência russa nas eleições presidenciais do ano passado.

 

Os líderes da Comissão de Informações do Senado têm procurado trazer executivos do Facebook ao Congresso, desde que a empresa revelou a existência da publicidade há duas semanas.

 

Mas os críticos insistem que o Facebook deveria fazer mais, por exemplo, alertando os seus utilizadores sobre como podem ser influenciados por interferências externas.

 

Robert S. Mueller, procurador especial dos EUA, está a investigar as possíveis ligações entre a campanha de Donald Trump e a Rússia nas presidenciais do ano passado, tendo alargado a sua investigação ao próprio presidente para analisar os seus negócios financeiros.

 

A investigação abrange também Michael T. Flynn, que era o assessor de segurança nacional de Trump e que se demitiu no passado dia 13 de Fevereiro, após 24 dias no cargo.

 

A polémica em torno de Flynn surgiu quando o The Washington Post noticiou que o então conselheiro de Trump tinha falado – durante contactos telefónicos com representantes russos, nomeadamente o embaixador russo junto das Nações Unidas, Sergey Kislyak – sobre as sanções impostas pelos EUA à Rússia na sequência da anexação unilateral da Crimeia pela Rússia em 2014.

 

O ex-assessor de segurança nacional de Donald Trump começou por negar esses factos, sendo depois acusado de mentir quando admitiu que o tema das sanções poderia ter surgido durante os telefonemas – alguns dos quais feitos ainda durante a campanha de Trump para as eleições.

 

Por esse facto, Flynn pediu desculpas a Mike Pence [que o tinha defendido em várias ocasiões a respeito desta polémica], reconhecendo que tinha fornecido "informação incompleta" sobre essas conversas ao vice-presidente dos EUA. O tenente-general achou então, por bem, apresentar a sua demissão.

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