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Eduardo Cabrita demite-se

O ministro da Administração Interna anunciou a decisão esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa.

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03 de Dezembro de 2021 às 17:52
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O ministro da Administração Interna pediu a demissão, anunciou esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa, Eduardo Cabrita. O governante justificou o "timing" da sua saída do Governo com as dificuldades que o país enfrentava no verão, mas que, agora, num contexto de proximidade de eleições, o "aproveitamento político" da "tragédia pessoal" poderia novamente ganhar força.

"Como sabem a viatura onde fui foi vítima de um acidente, provocando essa trágica perda irreparável", afirmou o governante. "Só devido à solidariedade do senhor primeiro-ministro me mantive durante este verão", acrescentou Cabrita.

Eduardo Cabrita agradeceu assim "a solidariedade do senhor primeiro-ministro e de todos os colegas de Governo e de todos os colaboradores que trabalharam comigo".

Já durante a tarde desta sexta-feira, quando questionado pelos jornalistas sobre o despacho da acusação do Ministério Público, o agora ex-governante defendeu-se: "Eu sou passageiro. É o Estado de direito a funcionar. Temos de confiar no Estado de direito, ninguém está acima da lei".

Eduardo Cabrita falava à margem da visita que efetuou às instalações do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Lagos, no Algarve, no dia em que foi divulgada a acusação deduzida pelo MP contra o motorista do carro onde seguia o governante, interveniente num acidente de viação ocorrido na A6, no dia 18 de junho de 2021.

Eduardo Cabrita sustentou que "o esclarecimento dos factos tem de ser feito" sem se recorrer a um "repugnante aproveitamento político de uma tragédia pessoal".

Na opinião do ministro, "é nesta fase que se irá permitir esclarecer as condições em que ocorreu o acidente", reafirmando "a confiança nas instituições que funcionam num Estado de direito".

"Estamos a falar de um atravessamento de uma via não sinalizada. Portanto, as condições do atravessamento da via têm de ser esclarecidas no quadro do acidente", apontou.

De acordo com uma nota publicada na página da Internet do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, o MP deduziu acusação, requerendo o julgamento por tribunal singular, contra um arguido, o condutor do veículo automóvel interveniente num acidente de viação ocorrido na A6, no dia 18 de junho de 2021.

O MP imputa ao condutor, "a prática, em concurso, de um crime de homicídio por negligência e de duas contraordenações", lê-se na nota.

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