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Durão Barroso espera que "alguma coisa" tenha ficado do diálogo partidário

O presidente da Comissão Europeia disse hoje acreditar que "alguma coisa" tenha ficado das conversações entre os partidos da coligação, PSD e CDS-PP, e o PS, pois "seria útil que houvesse em Portugal um maior consenso político e social".

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24 de Julho de 2013 às 12:35
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Questionado durante uma conferência de imprensa, em Bruxelas, sobre a remodelação governamental em Portugal, concretizada na véspera, após o fracasso nas negociações entre os três principais partidos em torno de um "acordo de salvação nacional" sugerido pelo Presidente da República, José Manuel Durão Barroso disse que o importante é haver um governo empenhado em prosseguir a aplicação do programa de ajustamento, mas reconheceu que era importante um consenso mais alargado.

 

"O que importa agora ressaltar é o seguinte: há um governo, agora remodelado, que deu garantias de cumprir as obrigações a que Portugal está internacionalmente vinculado, que vai continuar em funções, e esse governo dispõe de uma clara maioria na Assembleia da República", começou por dizer.

 

No entanto, vincou que "a Comissão tem sempre sublinhado que, para além da maioria que forma o Governo, seria útil que houvesse em Portugal um maior consenso político e social, dada a situação excepcional em que o país vive, precisamente por causa de ter a necessidade de aplicar um programa de ajustamento económico e financeiro, que é muito exigente, mas que é a única solução para que Portugal possa financiar-se autonomamente junto dos mercados".

 

"É por isso que seguimos obviamente com muito interesse todos os esforços feitos no sentido de haver um maior diálogo, um diálogo mais abrangente, que desse uma base politica e social mais consistente a esses esforços nacionais. Eu penso que deste diálogo alguma coisa terá ficado, e que as declarações feitas até agora pelos diferentes responsáveis políticos apontam nesse sentido: na necessidade de se chegar a determinados compromissos para fazer face à situação extraordinariamente exigente com que o país está confrontado", afirmou Durão Barroso.

 

O presidente da Comissão acrescentou que, de resto, verifica, "em termos da mensagem política, que há hoje em dia um reconhecimento bastante alargado na sociedade portuguesa quanto à necessidade de, para além da indispensável consolidação orçamental e do esforço de reformas estruturais para a competitividade, se tomarem medidas concretas que promovam o crescimento, o emprego e em geral o crescimento".

 

"Por isso, parece-me poder dizer-se que há um consenso alargado quanto a estes objectivos", afirmou.

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