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Detida autora da fuga de informação sobre ataque informático russo nas eleições dos EUA

O Departamento de Justiça dos EUA anunciou na segunda-feira que deteve e acusou uma analista de revelar informação classificada de um serviço de informações, sobre um eventual envolvimento da espionagem russa nas eleições presidenciais do passado dia 8 de Novembro.

Lusa 06 de Junho de 2017 às 01:05

O Departamento norte-americano da Justiça anunciou que a contratada Reality L. Winner, de 25 anos, foi detida este fim-de-semana no Estado da Geórgia e acusada de um delito contra a segurança nacional. Winner trabalhava para a consultora Pluribus International e tinha autorização para mexer em informação classificada como "muito secreta".

 

Ainda segundo o Departamento de Justiça, a arguida imprimiu, a 9 de Maio, informação classificada e retirou-a das instalações para a entregar a um meio de comunicação. 

 

"Distribuir material classificado sem autorização ameaça a segurança da nossa nação e mina a confiança pública no governo", sublinhou, em comunicado, o número dois do Departamento, Rod Rosenstein.

 

O meio digital The Intercept publicou na segunda-feira documentos da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) em que se detalham as intenções do governo russo de atacar informaticamente intervenientes envolvidos no sistema de votação nos EUA, bem como de se infiltrar nas comunicações de funcionários relacionados com o sistema eleitoral.

 

Estas informações constam de um documento "ultra secreto" da NSA, com cinco páginas, em que se explicam as técnicas de infiltração e 'phishing' (correio eletrónico malicioso) utilizadas pela Rússia.

 

No relatório da NSA, datado de 5 de Maio, afirma-se que a espionagem militar russa atacou uma empresa de software e enviou mensagens de correio electrónico malicioso para mais de 100 dirigentes locais envolvidos no processo eleitoral, no fim de Outubro ou início de Novembro.

 

Concretamente, o relatório aponta para que piratas informáticos russos tenham atacado pelo menos um fornecedor de programas para votação, dias antes das eleições presidenciais nos EUA.

 

O relatório sugere que os "hackers" possam ter penetrado mais nos sistemas de votação do que se pensava, noticiou a agência AP. Não é adiantado se a pirataria teve algum efeito nos resultados eleitorais. 

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