Notícia
Cristas rejeita que CDS tenha mudado de posição, que é "clarinha como a água"
A presidente do CDS-PP rejeitou hoje, em Bruxelas, que o partido tenha recuado na questão da contabilização total do tempo de serviço dos professores, afirmando que tem adotado "a mesma posição, clarinha como a água, desde o primeiro minuto"
05 de Maio de 2019 às 15:36
"O CDS tem a mesma posição desde o primeiro dia (...) Sempre o dissemos e voltamos a dizer: somos favoráveis à contagem de um tempo, que obviamente só pode acontecer quando há condições", designadamente "crescimento económico, sustentabilidade financeira e também revisão da carreira dos professores, avaliação dos professores e aposentação", declarou Assunção Cristas.
Para a líder do CDS, os mal-entendidos em torno da posição do partido, incluindo entre democratas-cristãos, como Pires de Lima, deveu-se ao facto de "todos" terem sido "objeto de uma desinformação generalizada, de uma mentira repetida e com a tentativa de passar a ser verdade", tendo Cristas voltado a acusar o primeiro-ministro, António Costa, de ter montado "uma crise política com base na mentira".
"Aquilo que o senhor primeiro-ministro fez foi vergonhoso. Vergonhoso. Próprio de alguém que pode ter muita habilidade, mas nenhum sentido de Estado", acusou, insistindo que António Costa "mentiu descaradamente a todos os portugueses quando afirmou que o CDS tinha contribuído para carregar sobre as contas públicas".
Cristas, acompanhada do cabeça de lista do CDS às eleições europeias de 26 de maio, Nuno Melo, falava aos jornalistas durante o evento "O Melhor de Portugal", organizado em Bruxelas pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), horas depois de o partido ter emitido um comunicado a esclarecer que os centristas só votarão a favor, em votação final, do diploma dos professores se forem aceites as condições do partido.
A líder do CDS nega qualquer recuo como consequência da ameaça deixada na sexta-feira por António Costa, que anunciou que o Governo se demitirá se o diploma for aprovado na votação final global no parlamento, depois de o ter sido na especialidade, na última quinta-feira, apenas com votos contra do PS.
"O CDS fará uma votação que nunca fez até agora, que é uma votação final global, porque essa ainda não existiu. O que nós votámos na especialidade foram os dois pontos relacionados com a nossa proposta: o tempo que deve ser considerado e a forma, as condições para considerar esse tempo, uma parte gerou um consenso mais alargado, a outra parte não gerou consenso", apontou.
Garantindo que "a posição do CDS nunca mudou" e tem sido a mesma que tem sido comunicada há ano e meio aos professores, pelo que o partido "nunca criou falsas expectativas", Cristas confirmou que o partido votará contra a proposta na votação final global se não incluir as suas condicionantes, pois os centristas só aprovarão o seu pacote, "que é um pacote completo".
"Quando olhamos para o resultado final e entendemos que desvirtua a proposta do CDS, porque a proposta do CDS só faz sentido com o princípio e com a forma de aplicar esse princípio, como é evidente temos de votar contra", disse.
No comunicado divulgado pouco antes, Cristas já explicara que o partido vai avocar, para a votação final global, as propostas do CDS chumbadas na quinta-feira na comissão parlamentar de educação e que condicionavam o pagamento aos professores de uma negociação e de três condições.
A avocação permite que, no plenário da Assembleia da República, se repitam votações da comissão, de modo a confirmá-las ou não.
O parlamento aprovou na quinta-feira, na comissão parlamentar de Educação, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.
Não ficou estabelecido qualquer calendário de recuperação do tempo de serviço, rejeitando as propostas do PCP e BE nesse sentido, mas foi aprovado, ainda assim, que os dois anos, nove meses e 18 dias devem ser recuperados com efeitos a partir de janeiro de 2019.
Após uma reunião extraordinária do 'núcleo duro' do Governo, na sexta-feira de manhã, e uma audiência com o Presidente da República, à tarde, o primeiro-ministro, António Costa anunciou que comunicou a Marcelo Rebelo de Sousa que o Governo se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores for aprovada em votação final global.
Para a líder do CDS, os mal-entendidos em torno da posição do partido, incluindo entre democratas-cristãos, como Pires de Lima, deveu-se ao facto de "todos" terem sido "objeto de uma desinformação generalizada, de uma mentira repetida e com a tentativa de passar a ser verdade", tendo Cristas voltado a acusar o primeiro-ministro, António Costa, de ter montado "uma crise política com base na mentira".
Cristas, acompanhada do cabeça de lista do CDS às eleições europeias de 26 de maio, Nuno Melo, falava aos jornalistas durante o evento "O Melhor de Portugal", organizado em Bruxelas pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), horas depois de o partido ter emitido um comunicado a esclarecer que os centristas só votarão a favor, em votação final, do diploma dos professores se forem aceites as condições do partido.
A líder do CDS nega qualquer recuo como consequência da ameaça deixada na sexta-feira por António Costa, que anunciou que o Governo se demitirá se o diploma for aprovado na votação final global no parlamento, depois de o ter sido na especialidade, na última quinta-feira, apenas com votos contra do PS.
"O CDS fará uma votação que nunca fez até agora, que é uma votação final global, porque essa ainda não existiu. O que nós votámos na especialidade foram os dois pontos relacionados com a nossa proposta: o tempo que deve ser considerado e a forma, as condições para considerar esse tempo, uma parte gerou um consenso mais alargado, a outra parte não gerou consenso", apontou.
Garantindo que "a posição do CDS nunca mudou" e tem sido a mesma que tem sido comunicada há ano e meio aos professores, pelo que o partido "nunca criou falsas expectativas", Cristas confirmou que o partido votará contra a proposta na votação final global se não incluir as suas condicionantes, pois os centristas só aprovarão o seu pacote, "que é um pacote completo".
"Quando olhamos para o resultado final e entendemos que desvirtua a proposta do CDS, porque a proposta do CDS só faz sentido com o princípio e com a forma de aplicar esse princípio, como é evidente temos de votar contra", disse.
No comunicado divulgado pouco antes, Cristas já explicara que o partido vai avocar, para a votação final global, as propostas do CDS chumbadas na quinta-feira na comissão parlamentar de educação e que condicionavam o pagamento aos professores de uma negociação e de três condições.
A avocação permite que, no plenário da Assembleia da República, se repitam votações da comissão, de modo a confirmá-las ou não.
O parlamento aprovou na quinta-feira, na comissão parlamentar de Educação, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.
Não ficou estabelecido qualquer calendário de recuperação do tempo de serviço, rejeitando as propostas do PCP e BE nesse sentido, mas foi aprovado, ainda assim, que os dois anos, nove meses e 18 dias devem ser recuperados com efeitos a partir de janeiro de 2019.
Após uma reunião extraordinária do 'núcleo duro' do Governo, na sexta-feira de manhã, e uma audiência com o Presidente da República, à tarde, o primeiro-ministro, António Costa anunciou que comunicou a Marcelo Rebelo de Sousa que o Governo se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores for aprovada em votação final global.