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Costa classifica como "não assunto" mensagem polémica enviada ao Expresso

O secretário-geral do PS classificou como "não assunto" a controvérsia relativa ao "sms" que enviou a um membro da direcção do jornal Expresso e defendeu que a liberdade de imprensa não exclui o direito ao protesto.

Bruno Simão/Negócios
06 de Maio de 2015 às 19:19
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António Costa falava aos jornalistas à entrada para um colóquio no ISEG, em Lisboa, depois de confrontado com o teor de um "sms" (mensagem escrita de telemóvel) que enviou ao director adjunto do jornal Expresso João Vieira Pereira na noite de 25 de Abril, mensagem que foi condenada e considerada intimidatória e contra a liberdade de imprensa pelo próprio e pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.

 

"Francamente, acho que isso é um não assunto. Assuntos reais que deveriam preocupar o líder parlamentar do PSD é mais uma subida do desemprego. Esse é que é um assunto sério", contrapôs o líder socialista.

 

António Costa disse depois que a liberdade de expressão "felizmente existe" em Portugal, sendo uma das "grandes conquistas" da democracia.

 

Porém, salientou o secretário-geral do PS, a liberdade de expressão "não exclui a liberdade de quem se sente ofendido poder protestar".

 

"É evidente para todas as pessoas que, quem se sente ofendido, tem o direito de protestar e que nenhum jornalista se sente ameaçado. Tenho a certeza que o próprio [João Vieira Pereira] também não se sentiu [ofendido] pela forma aliás muito atenciosa como me respondeu também por sms", respondeu o secretário-geral do PS.

 

A polémica mensagem foi enviada por António Costa a João Vieira Pereira, director-adjunto do Expresso, a 25 de Abril, segundo divulgou este último na última edição do semanário.

 

A mensagem foi a seguinte: "Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa".

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