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Costa entrega "pasta de transição" a Marcelo com projetos em desenvolvimento
O documento com 50 páginas entregue a Marcelo Rebelo de Sousa elenca várias projetos que estão em desenvolvimento em 24 grandes áreas. Intenção é de que documento seja entregue a Luís Montenegro, que toma posse como primeiro-ministro a 2 de abril.
O documento, divulgado também aos jornalistas após o início do último Conselho de Ministros deste Executivo, conta com 50 páginas e traça um balanço daquela que foi a atuação do Governo em 24 temas, como o novo aeroporto, a habitação, a ferrovia, os equipamentos de saúde e sociais, a mobilidade urbana, o combate a incêndios, professores e a administração pública.
É também referido, entre outras coisas, que foi acordada a construção de uma dessalinizadora no Algarve, com uma capacidade de 24hm3/ano, para "minimizar os efeitos de escassez hídrica na região", e que está em marcha o projeto de ligação em alta velocidade Porto-Lisboa, "o investimento público mais importante da primeira metade do século XX".
A intenção é fazer chegar esse balanço dos últimos oito anos de governação socialista ao próximo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que já foi indigitado pelo Presidente da República, depois de ter ganho com ligeira margem as eleições de 10 de março.
Na última reunião do Conselho de Ministros, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi convidado para presidir. Entre os temas que constam na agenda está a reforma da administração pública, onde se inclui a transferência e concentração de Ministérios para a sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), na Avenida João XXI em Lisboa.
Luís Montenegro não se opõe a essa transferência de Ministérios para a sede da CGD, conforme avançou o Negócios. Para já, está em curso o projeto de adequação do edifício do Campus APP, com obras a decorrer no 7.º e 8.º pisos, sendo ainda preciso lançar os concursos para os restantes pisos. A previsão do Governo cessante é de que esse investimento terá um custo de "cerca de 40 milhões de euros" e esteja pronto em setembro de 2027.
"A solidariedade institucional funcionou ao longo de oito anos", diz Marcelo
Ao lado de António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou esta seguda-feira que a "solidariedade institucional funcionou ao longo de oito anos com três governos diferentes entre si".
"Não é fácil encontrar muitos casos", acrescentou.
À saída do Conselho de Ministros a que presidiu, que aprovou diplomas relacionados com a reorganização da Administração Pública, uma "reforma da propriedade rústica" e um diploma com incentivos para "o melhor funcionamento do mercado de capitais", o presidente da República, que presidiu simbolicamente à reunião, garantiu que só se pronunciou sobre a estratégia para os sem-abrigo.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que a "solidariedade institucional funcionou ao longo de oito anos com três governos diferentes entre si". O primeiro "com uma fórmula nunca antes experimentada", a da aliança parlamentar com o PCP e o BE; o segundo "com uma fórmula parecida" embora com menos garantias de estabilidade e o terceiro de maioria absoluta.
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