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Constança Urbano de Sousa e Eduardo Cabrita não se recandidatam a deputados

Os dois ex-ministros da Administração Interna já informaram o PS que não irão recandidatar-se a deputados nas eleições legislativas de 30 de janeiro do próximo ano.

As novas regras aprovadas com os votos favoráveis de PS, BE e PAN ainda vão a Belém. Entram em vigor no mês seguinte ao da sua publicação.
Bruno Colaço
07 de Dezembro de 2021 às 20:26
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A ex-ministra da Administração Interna e atual vice-presidente da bancada socialista Constança Urbano de Sousa comunicou ao secretário-geral do PS, António Costa, que não se se recandidatará a deputada nas eleições legislativas de 30 de janeiro.

Esta posição consta de uma mensagem que Constança Urbano de Sousa enviou aos deputados do PS do distrito do Porto, círculo pelo qual foi eleita deputada nas eleições legislativas de 2019.

"Sinto que tenho o dever de vos informar que, tendo sabido que iria integrar as listas do PS às legislativas de 2022, formalizei junto do nosso secretário-geral [António Costa] a minha decisão de não me recandidatar à Assembleia da República", escreve a ex-ministra da Administração Interna entre novembro de 20165 e outubro de 2017.

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS refere depois que abandona as funções de deputada na Assembleia da República "por razões puramente pessoais". "Tenho profunda gratidão por ter estado estes anos na política ativa a servir o meu país, da melhor forma que pude e consegui.  No entanto, na política "está-se" e chegou o momento de seguir com a minha vida", justifica

Constança Urbano de Sousa acrescenta que não toma esta decisão "de ânimo leve". "Mas sinto que tenho de o fazer, para continuar a ser uma mulher livre", salienta.

Eduardo Cabrita também não se recandidata

Entretanto, o ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita confirmou hoje à agência Lusa que já comunicou à federação de Setúbal do PS que não tenciona ser novamente candidato a deputado nas próximas eleições legislativas.

Esta notícia foi avançada pelo jornal Público, na qual se adianta que Eduardo Cabrita, que se demitiu na sexta-feira do cargo de ministro da Administração Interna, já tinha transmitido essa decisão a António Mendonça Mendes, líder da Federação de Setúbal do PS, círculo pelo qual tem sido candidato a deputado desde 2002.

Eduardo Cabrita pediu a sua demissão do Governo, depois de ter sido conhecida a acusação de homicídio por negligência ao motorista do seu carro oficial, pelo atropelamento de um trabalhador em 18 de junho na autoestrada A6.

Quando anunciou a sua demissão, Eduardo Cabrita alegou que não podia permitir que este caso tivesse um "aproveitamento político absolutamente intolerável", visando penalizar o Governo, o primeiro-ministro, António Costa, e o PS.

Eduardo Cabrita, de 60 anos, natural do Barreiro, é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e, desde os seus tempos da Juventude Socialista (JS), é considerado politicamente próximo do atual secretário-geral socialista, António Costa.

No começo do primeiro executivo liderado por António Costa, em novembro de 2015, Eduardo Cabrita começou por desempenhar as funções de ministro Adjunto, tendo depois assumido a pasta da Administração Interna em 18 de outubro de 2017 na sequência das tragédias dos incêndios florestais desse verão, substituindo Constança Urbano de Sousa, atual vice-presidente da bancada socialista.
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