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Confrontos sobem de tom na Ucrânia e provocam duas mortes

Um dos manifestantes foi morto a tiro pela polícia, outro foi encontrado sem vida junto ao estádio do Dynamo de Kiev, um dos palcos do confronto.

Negócios 22 de Janeiro de 2014 às 10:22
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Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança intensificaram-se esta quarta-feira pela manhã, em Kiev, depois das duas mortes registadas na madrugada. De acordo com a Reuters, um manifestante foi morto a tiro pela polícia durante a noite, e outro foi encontrado sem vida perto do estádio do Dynamo de Kiev, um dos palcos dos protestos.

 

Na sequência das duas baixas entre os civis, os protestos subiram de tom com manifestantes a lançar 'cocktails molotov' sobre as forças de segurança, que responderam com tiros de bala de borracha e granadas de efeito dissuasor. Em Kiev, as palavras de ordem foram “Assassinos” e “Glória à Ucrânia”.

 

A polícia rompeu as barricadas pouco depois das 06:00, hora de Lisboa, na rua Grushevsky, em Kiev, segundo imagens divulgadas em direto pela televisão, e começou a deter manifestantes, o que despoletou violentos confrontos, adianta a Lusa.

O primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, advertiu ontem, terça-feira, que as autoridades ucranianas deverão recorrer à força contra as manifestações caso os elementos "provocadores" continuem a incitar aos distúrbios.

 

"Se os provocadores não pararem, as autoridades não terão outra escolha senão utilizar a força no quadro da lei para assegurar a segurança das pessoas", disse em declarações ao canal de notícias russo Vesti (estatal).

 

Os manifestantes estão nas ruas há várias semanas, em protesto contra a decisão do Presidente Viktor Ianukovitch de recusar um acordo de associação com a União Europeia em benefício de uma aproximação com a vizinha Rússia.

 

Mas os acontecimentos tomaram um rumo mais violento no domingo, depois de um comício convocado pela oposição para protestar contra a nova legislação que impede qualquer tipo de protesto anti-governo e que entrou ontem em vigor.

 

O Governo português já manifestou a sua preocupação com os recentes acontecimentos na Ucrânia e, em particular, "com as alterações legislativas que impõem restrições aos direitos de associação e liberdade de expressão, que condenam o direito de dissidência e são contrárias às obrigações internacionais do país".

 

"O Governo português condena vivamente todos os actos de violência e apela a um diálogo inclusivo entre todas as partes, que conduza a uma solução democrática para a actual crise política, no respeito pelos direitos da população da Ucrânia a manifestar-se pacificamente", lê-se numa comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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