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Coligação acusa PS de não ter apresentado “garantias de governabilidade”
O PSD e o CDS consideram que as diligências realizadas por Cavaco Silva no sentido de clarificar as condições de governabilidade são "naturais". Num comunicado conjunto, os dois partidos acusam o PS de ser o responsável por esta crise "inédita".
O PSD e o CDS acusam o Partido Socialista de não ter apresentado garantias de governabilidade, estabilidade e durabilidade, elementos que os dois partidos frisam ser "essenciais" para a acção do governo.
"Tendo o PS afirmado que só derrubaria a coligação vencedora das eleições se dispusesse de uma maioria estável, solida e coerente com os partidos da esquerda radical, constatamos (…) que o PS não apresentou, até ao momento, garantias de governabilidade, estabilidade e durabilidade elementares num executivo por si liderado nomeadamente quanto a instrumentos essenciais da acção do governo", lê-se num comunicado conjunto do PSD e CDS a que o Negócios teve acesso.
Os dois partidos voltam a sublinhar que "foi o PS que abriu uma crise política inédita" ao promover o derrube do governo saído das eleições de 4 de Outubro, juntamente com o PCP, BE, PEV e PAN, pela primeira vez em 40 anos. "Tendo sido o PS a abrir uma crise politica, é o PS o principal responsável por ela", acrescenta o comunicado assinado por Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, e Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS.
Os dois partidos consideram, portanto, que são "naturais" as diligências levadas a cabo pelo Presidente da República, Cavaco Silva, com vista a clarificar e esclarecer as condições de governabilidade.
Esta segunda-feira, Cavaco Silva exigiu ao líder do PS, António Costa, que clarifique seis questões que considera estarem "omissas" nos documentos dos acordos com o Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, que classifica de "distintos e assimétricos".
Segundo o Presidente da República, tais omissões levantam "dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo" do PS. O Presidente exige garantias sobre moções de confiança e Orçamentos do Estado, em particular o de 2016.