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César acusa oposição de estar "desorientada" entre "invocação do diabo e memória do presépio"

O líder parlamentar socialista afirmou que a oposição está "em queda na confiança dos portugueses"e hesita entre a submissão do PSD ao CDS e uma guerra de ajustes de contas na candidatura à Câmara Municipal de Lisboa.

Bruno Simão/Negócios
17 de Dezembro de 2016 às 17:05
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O presidente do PS, Carlos César, disse este sábado, 17 de Dezembro, na Póvoa de Varzim, que "a oposição está desorientada entre a invocação do diabo e a memória do presépio", considerando que "quem mais oposição à oposição faz é a própria oposição".

"Saudamos o arrependimento de Passos Coelho, depois de ter evocado o diabo e da sua premonição muito original sobre a vinda próxima dos três reis magos - Baltazar, Belchior e Gaspar. Eu cá, se fosse Passos Coelho, certificava-me se os reis magos eram mesmos esses, é que Baltazar pode ser Montenegro, Belchior pode ser Rangel e Gaspar pode ser Rui Rio, e nenhum deles o quer, nenhum deles quer Passos Coelho tranquilo nas palhinhas deitado", afirmou Carlos César.

Segundo o presidente do PS, que falava no XX Congresso Nacional da JS, a decorrer até domingo, na Póvoa de Varzim, "é preciso também dizer ao PSD e ao CDS que quem mais se deve preocupar com a oposição são justamente o PSD e o CDS, principalmente o PSD".

É, em seu entender, "uma oposição em queda na confiança dos portugueses, desorientada entre a invocação do diabo e a memória do presépio, uma oposição que hesita entre a submissão do PSD ao CDS e uma guerra de ajustes de contas entre ambos os partidos na candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, como se das eleições autárquicas não interessassem apenas os interesses dos munícipes portugueses".

Carlos César disse que, "no próximo ano, a ambição do PS, pese embora as incertezas e imprevisibilidades, não deve ser menor do que a que teve até agora. É decisivo fazer prova de que é possível, com sucesso, uma política de responsabilidade social e de desenvolvimento económico associada a uma política de responsabilidade financeira e de boas contas públicas, defendendo condignamente os interesses dos portugueses".


"Tudo faremos, no limite das nossas competências e das nossas possibilidades, para que 2017 seja marcado por sucessos na estabilização do sector bancário, na atracção do investimento externo reprodutivo, na mobilização dos fundos comunitários, na descida do desemprego e da precariedade laboral, na descentralização política, na criação de condições para um maior investimento na educação das crianças e dos jovens, melhorando o desempenho do ensino público, da ciência, da inovação e da cultura", acrescentou.


Carlos César disse, ainda, que "os portugueses sabem que o PS faz o seu caminho pensando em Portugal e nos portugueses. Continuará justamente no lado certo e, é bom dizê-lo, não nos preocupamos em fazer oposição à oposição, como diz o PSD".


O XX congresso da JS termina domingo com a participação do secretário-geral do PS, António Costa, e com a intervenção do novo secretário-geral da JS.

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