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Cavaco Silva fala em “esperança” na antecipação do 10 de Junho

A um dia das comemorações do dia de Portugal, que este ano decorrem na cidade da Guarda, o Presidente da República realçou as potencialidades do interior e recordou que, nestes tempos difíceis, é fundamental evitar os "erros passados".

Pedro Elias
09 de Junho de 2014 às 12:09
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Na Câmara da Guarda, cidade que este ano acolhe as comemorações do dia 10 de Junho, o Presidente da República, Cavaco Silva, antecipou alguns dos temas que poderão marcar o discurso oficial desta terça-feira.

 

"Esperança" é, nas palavras de Cavaco Silva, uma palavra que deve ser "reforçada", bem como será importante reforçar a importância de, "no labirinto que enquanto povo a história nos reservou", evitar os "erros passados para que no futuro as gerações seguintes não tenham de fazer os mesmos sacrifícios".

 

Com o foco, essencialmente, na Guarda e na interioridade, o Presidente da República notou que 37 anos depois de a cidade ter recebido as primeiras celebrações do 10 de Junho fora de Lisboa, está agora "muito diferente". "Portugal também", acrescentou.

 

Cavaco Silva insistiu na ideia de aproveitamento das potencialidades da interioridade, que podem ser encaradas como um desafio, porque "à fatalidade da geografia não corresponde a desertificação", explicou.

 

"As montanhas, antes obstáculos, são agora sulcadas por novas vias de comunicação", o que contribuiu para que a Guarda disponha de "melhor acesso ao resto da Europa". Cavaco Silva lembra que esta cidade sempre foi "ponto de passagem" mas a "sua localização, afinal privilegiada, permite-lhe aspirar a ser mais do que um ponto de passagem".

 

O próprio Presidente da República acabaria por dar o mote a uma potencialidade que deve ser aproveitada. "O ar que aqui se respira valeu a esta cidade, há alguns anos, a designação de cidade bioclimática ibérica. É uma mais-valia que deve ser explorada", reforçou.

 

Cavaco Silva cometeu ainda uma "inconfidência" relativa à sua recente passagem por Macau no âmbito de uma visita oficial à China. Nessa ocasião um cidadão chinês terá dito: "Preciso de ir mais vezes a Portugal, porque eu e a minha família precisamos de respirar ar puro".

 

Por fim, Cavaco apontou a mira ao futuro e disse o que espera que seja tido em conta no novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

 

"Espero que o novo QREN, que se estende entre 2014 e 2020, lance um novo olhar sobre o interior do país. Sobre os problemas e potencialidades." Cavaco Silva mostrou-se confiante de que entre as prioridades que estão a ser debatidas com a Comissão Europeia estará a necessidade de políticas de "coesão territorial".

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