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Catarina Martins: "Se as contas estão melhores, paguemos a dívida para com o país"

A coordenadora bloquista defendeu na sexta-feira que se as contas estão melhores é preciso pagar "a dívida para com o país", exigindo a execução de todos os investimentos públicos previstos para 2017 para "fazer o que ainda não foi feito".

Miguel Baltazar
23 de Setembro de 2017 às 01:36
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No comício da campanha autárquica desta sexta-feira à noite, em Braga, Catarina Martins sublinhou que "entre as boas notícias da execução orçamental salta uma desilusão" que é do "investimento público que continua em níveis miseráveis" em áreas como a saúde, educação, habitação ou transportes.

 

"Se as contas estão melhor, paguemos a dívida para com o país. Cumprir em 2017 e ir mais longe em 2018", defendeu, exigindo que "todos os investimentos que estavam previstos para 2017 sejam executados".

 

O BE, de acordo com a sua líder, fez "um acordo para parar o empobrecimento numa legislatura" e avisa que não se pode "ficar a meio" porque é preciso "cumprir com a expectativa, com a esperança que uma nova maioria traz para o país".

 

E foi no final do discurso de Catarina Martins que Pedro Abrunhosa entrou na campanha autárquica do BE com o tema "Fazer o que ainda não foi feito". "Vamos fazer o que ainda não foi feito, no país e nas autarquias. No país, como nas autarquias, vamos fazer o que nunca foi feito", prometeu a líder do BE, tendo-se ouvido, no final, a música do cantor portuense.

 

Ninguém iria compreender, de acordo com a líder do BE, "se com os dados que há hoje da execução orçamental" fossem adiados "investimentos urgentes para ir além dos compromissos que o Governo assumiu com Bruxelas".

 

Para Catarina Martins, tirar lições do que se passou no país nos últimos anos e aprender com os erros é perceber que não foi a redução do défice que trouxe crescimento económico, mas sim o crescimento económico que permitiu que o défice caísse. "Esta margem de manobra tem que ser usada para criar mais emprego e não para qualquer bónus a Bruxelas", insistiu.

 

Todas as boas notícias que foram hoje conhecidas - o défice orçamental foi de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre deste ano, uma diminuição face aos 3,1% registados no período homólogo - resultam de se ter posto "as pessoas em primeiro lugar".

 

"A grande novidade que temos no nosso país é que há uma maioria que respeita as pessoas e isso não é coisa pouca. Em democracia respeito quer dizer direitos. Investir no país é investir nos nossos direitos", justificou.

 

Mas se os bloquistas vêem "tudo o que falta fazer", ficam também orgulhosos do "caminho que é feito".

 

A líder do BE voltou a afirmar que o voto útil nas eleições autárquicas de 1 de Outubro é no BE, "voto da voz de quem mais precisa", reiterando a convicção num "grande resultado" por parte dos bloquistas.

 

Além da candidata do BE à Câmara de Braga, Paula Nogueira, destaque para três presenças internacionais espanholas: os presidentes das autarquias da Corunha, Xulio Ferreiro, de Santiago de Compostela, Martinho Noriega, e de Ferrol, Jorge Suárez, que não deixaram de fora a situação de tensão na Catalunha. "É um orgulho ter a presença dos nossos companheiros da Galiza que deram uma enorme lição sobre como não há impossíveis", sublinhou Catarina Martins.

 

À Câmara Municipal de Braga concorrem nas autárquicas de 1 de Outubro Carlos Almeida (CDU), Ricardo Rio (Coligação Juntos por Braga - PSD/CDS-PP/PPM), Paula Nogueira (BE), Miguel Corais (PS) e Armando Caldas (Nós Cidadãos!).

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