Notícia
Caso Tutti Frutti: Costa mantém "toda a confiança política" em Medina e Duarte Cordeiro
Primeiro-ministro afirmou, em debate na Assembleia da República, que mantém a confiança nos dois ministros, apesar do alegado envolvimento em trocas de favores em Lisboa. Questionado sobre o caso por André Ventura, Costa atirou: “Por si todos os membros do Governo já estavam demitidos”.
24 de Maio de 2023 às 16:51
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que mantém "toda a confiança política" nos ministros Fernando Medina e Duarte Cordeiro, depois de a TVI ter divulgado, com base numa tese do Ministério Público, o envolvimento dos dois governantes numa alegada troca de favores entre o PS e PSD em Lisboa.
"Obviamente mantenho toda a confiança política e tenho a maior consideração pela idoneidade do doutor Medina e do doutor Duarte Cordeiro", referiu o primeiro-ministro, no debate sobre política geral, no Parlamento.
Em causa está, segundo a reportagem da TVI, a existência de acordos políticos entre o social-democrata Sérgio Azevedo e os socialistas Duarte Cordeiro e Fernando Medina, na altura presidente da Câmara de Lisboa, para "a colocação de pessoas em lugares para avenças e posições estratégicas" durante a corrida às eleições autárquicas em 2017.
A tese do Ministério Público, revelada pela TVI, surge no âmbito do processo Tutti Frutti, cuja investigação começou há cinco anos, e tem por base escutas telefónicas e emails apreendidos do computador de Fernando Medina.
Questionado sobre esse caso pelo líder do Chega, António Costa referiu: "Não há debate em que o senhor deputado não peça a demissão de um membro do Governo, umas vezes é o ministro dos Negócios Estrangeiros, da Economia, agora o das Finanças. Por si, todos os membros do Governo já estavam demitidos, o que aliás muito nos honra".
O líder do Executivo socialista apontou ainda o dedo a André Ventura, que terá recebido uma mensagem de Sérgio Azevedo enquanto era candidato à Câmara de Loures pelo PSD e viu o seu gabinete ter sido também alvo de buscas no processo Tutti Frutti.
"Sobre o programa da TVI não posso dizer mais do que aquilo que vi, mas como também vi lá citada uma gravação de uma conversa telefónica sua com a pessoa que, segundo a TVI, era o articulador de uma rede de corrupção, se calhar o senhor deputado tem mais a contar-nos do que eu", atirou António Costa a André Ventura.
Em resposta, André Ventura destacou que "em nenhum momento é citado como suspeito desta operação". "Pode tentar fugir com isso, a Justiça pode tardar, mas não vai escapar quando um dia também a si chegar", disse a António Costa.
"Obviamente mantenho toda a confiança política e tenho a maior consideração pela idoneidade do doutor Medina e do doutor Duarte Cordeiro", referiu o primeiro-ministro, no debate sobre política geral, no Parlamento.
A tese do Ministério Público, revelada pela TVI, surge no âmbito do processo Tutti Frutti, cuja investigação começou há cinco anos, e tem por base escutas telefónicas e emails apreendidos do computador de Fernando Medina.
Questionado sobre esse caso pelo líder do Chega, António Costa referiu: "Não há debate em que o senhor deputado não peça a demissão de um membro do Governo, umas vezes é o ministro dos Negócios Estrangeiros, da Economia, agora o das Finanças. Por si, todos os membros do Governo já estavam demitidos, o que aliás muito nos honra".
O líder do Executivo socialista apontou ainda o dedo a André Ventura, que terá recebido uma mensagem de Sérgio Azevedo enquanto era candidato à Câmara de Loures pelo PSD e viu o seu gabinete ter sido também alvo de buscas no processo Tutti Frutti.
"Sobre o programa da TVI não posso dizer mais do que aquilo que vi, mas como também vi lá citada uma gravação de uma conversa telefónica sua com a pessoa que, segundo a TVI, era o articulador de uma rede de corrupção, se calhar o senhor deputado tem mais a contar-nos do que eu", atirou António Costa a André Ventura.
Em resposta, André Ventura destacou que "em nenhum momento é citado como suspeito desta operação". "Pode tentar fugir com isso, a Justiça pode tardar, mas não vai escapar quando um dia também a si chegar", disse a António Costa.