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Caso Rita Marques: "Não me revejo naquela atitude. É ilegal", diz Costa
O primeiro-ministro condena ida da ex-secretária de Estado do Turismo para uma empresa que estava no âmbito de atuação enquanto governante e admite rever o reconhecimento de utilidade turística ao grupo Fladgate Partnership. António Costa defendeu ministra da Agricultura.
A Fladgate Partnership é proprietária das casas de vinho do Porto Taylor's, Fonseca, Croft e Krohn, dos hotéis The Yeatman, em Gaia, e do Vintage House, no Pinhão, assim como do World of Wine (WoW), o quarteirão cultural instalado nas antigas caves de vinho do Porto da Croft e da Taylor’s, no centro histórico de Gaia, que resultou de um investimento superior a 100 milhões de euros.
"As autoridades farão a interpretação que bem entenderem", afirmou, indicando que "não corresponde à ética republicana alguém sair do Governo e ir exercer funções numa empresa relativamente à qual agiu diretamente".
Já sobre o despacho de Rita Marques que reconheceu a utilidade turística à Fladgate Partnership, o primeiro-ministro admitiu rever a decisão. "Vale a pena rever o processo para verificar se resulta alguma suspeição de que o Instituto do Turismo fez aquela avaliação em virtude da expectativa da secretária de Estado tinha de um ano depois em vir a ser administradora daquele grupo? Não há problema nenhum". Quanto a revogar o despacho, o primeiro-ministro recusou avançar com essa opção.
Questionado sobre o caso da secretária de Estado da Agricultura que se demitiu, António Costa lembrou que Maria do Céu Antunes "já fez um comunicado dizendo que não tinha conhecimento do envolvimento da secretária de Estado em nenhum processo".
(Notícia atualizada às 16:15 com mais informação)