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Brexit: Dispara número de britânicos com outra nacionalidade da União Europeia

A nacionalidade mais pedida pelos britânicos foi a alemã. Depois da Alemanha, França e Bélgica são os dois países mais procurados pelos britânicos.

Donald Trump não é fã do projecto do euro, nem da União Europeia. Tem sido elogioso do Brexit e disse mesmo esperar que outros países sigam o mesmo caminho. Uma opinião partilhada pelo homem apontado na imprensa como o próximo embaixador dos EUA na União Europeia. Ted Malloch afirmou numa entrevista à BBC que o melhor investimento que se pode fazer em 2017 é 'apostar na queda do euro', antecipando o colapso da moeda única. Disse também que, depois de ter ajudado a desmembrar a União Soviética, poderá fazer o mesmo em relação à União Europeia. Malloch não foi ainda confirmado.
reuters
30 de Junho de 2018 às 12:16
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O número de britânicos que obteve a nacionalidade de outro país da União Europeia (UE) tem disparado desde o referendo que ditou a saída do Reino Unido do espaço comunitário, avança a Lusa que cita dados da BBC.

Em 2017, 12.994 cidadãos britânicos obtiveram a nacionalidade de outro país da UE, segundo dados coligidos pela estação pública britânica, referentes a 17 países do espaço comunitário (que representam três quartos dos pedidos).


Este número, se comparado com o total de 2015, ano anterior ao da realização do referendo, é sete vezes superior.


A nacionalidade mais pedida pelos britânicos foi a alemã, que registou um aumento 12 vezes superior entre 2015 e 2017 – de 594 para 7.493.


Depois da Alemanha, França e Bélgica são os dois países mais procurados pelos britânicos.

Em Portugal, o número de atribuições de nacionalidade a britânicos aumentou 13 vezes entre 2015 e 2017 – no ano passado, foram concedidas 147, quando, nos três anos anteriores, não passavam das 10-20.


De acordo com a BBC, na maioria dos casos registados, os britânicos passaram a ter dupla nacionalidade, ou seja, mantiveram os passaportes de origem.


Com a nacionalidade que acrescentaram passaram a garantir para si – e, posteriormente, para os seus filhos – a possibilidade de continuar a viajar, viver e trabalhar, sem restrições, nos 27 países da UE, depois de o Reino Unido deixar o bloco comunitário.


A 23 de Junho de 2016, 51,9% dos votantes no referendo aprovaram o chamado Brexit, que decretou a saída do Reino Unido da União Europeia.


Londres e Bruxelas continuam a negociar os termos do Brexit, mas o Reino Unido deverá abandonar oficialmente a UE a 29 de Março de 2019, a que se seguirá um período de transição de 21 meses, durante os quais continuará integrado nas estruturas comunitárias, nomeadamente no mercado único e na união aduaneira.

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