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Biden pondera triplicar taxas sobre aço e alumínio chinês
"Vou considerar a possibilidade de triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio da China", disse Joe Biden num comício na sede do sindicato dos trabalhadores do aço em Pittsburgh, conhecida como a "cidade do aço".
17 de Abril de 2024 às 23:02
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que vai triplicar as tarifas já impostas ao aço e ao alumínio provenientes da China, uma medida que procura conquistar o voto dos trabalhadores norte-americanos, mas que pode enfurecer Pequim.
"Vou considerar a possibilidade de triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio da China", disse Biden num comício na sede do sindicato dos trabalhadores do aço em Pittsburgh, conhecida como a "cidade do aço".
A tarifa atualmente aplicada a determinados produtos de aço e alumínio é de 7,5%, pelo que a sua triplicação significaria um aumento para 22,5%.
No entanto, este aumento não entrará em vigor imediatamente, uma vez que tem de passar primeiro por um processo de revisão no Gabinete do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês).
Tal como a Casa Branca explicou num comunicado, o governo dos EUA irá também lançar uma investigação sobre as práticas comerciais chinesas nos setores da construção naval, marítimo e logístico, o que poderá conduzir a novas tarifas.
O anúncio de Biden reflete a forma como a sua política comercial está a ser influenciada pelas suas tentativas de conquistar o apoio da classe trabalhadora, um setor que nos últimos anos tem sido atraído pelas políticas protecionistas defendidas pelo ex-Presidente republicano Donald Trump (2017-2021), seu rival nas eleições de novembro próximo.
Durante o seu mandato, Trump impôs direitos aduaneiros sobre centenas de milhares de milhões de dólares de produtos chineses, aos quais Pequim respondeu com mais taxas, desencadeando uma guerra comercial que prejudicou o crescimento global e levou a perturbações nas cadeias de abastecimento.
Antes do seu discurso em Pittsburgh, Biden foi questionado por um repórter se estava preocupado com um novo conflito com a China, ao que respondeu simplesmente: "Não haverá uma guerra comercial".
A medida anunciada foi rapidamente apoiada por sindicatos e associações comerciais, como o American Iron and Steel Institute, que em comunicado acusou Pequim de inundar o mercado norte-americano com aço barato para prejudicar os produtores nacionais.
Apesar do apoio, a medida é em grande parte simbólica.
Os EUA importaram cerca de 6,1 mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) em produtos siderúrgicos nos doze meses até fevereiro de 2023, mas apenas 3% dessas importações vieram da China, de acordo com o Gabinete de Estatísticas dos Estados Unidos.
O anúncio de Biden surge durante uma digressão de três dias pelo estado-chave da Pensilvânia, que o levou terça-feira à sua cidade natal, Scranton, onde proferiu um discurso apelando à classe trabalhadora, e que terminará quinta-feira com outro comício de campanha em Filadélfia.
"Vou considerar a possibilidade de triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio da China", disse Biden num comício na sede do sindicato dos trabalhadores do aço em Pittsburgh, conhecida como a "cidade do aço".
No entanto, este aumento não entrará em vigor imediatamente, uma vez que tem de passar primeiro por um processo de revisão no Gabinete do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês).
Tal como a Casa Branca explicou num comunicado, o governo dos EUA irá também lançar uma investigação sobre as práticas comerciais chinesas nos setores da construção naval, marítimo e logístico, o que poderá conduzir a novas tarifas.
O anúncio de Biden reflete a forma como a sua política comercial está a ser influenciada pelas suas tentativas de conquistar o apoio da classe trabalhadora, um setor que nos últimos anos tem sido atraído pelas políticas protecionistas defendidas pelo ex-Presidente republicano Donald Trump (2017-2021), seu rival nas eleições de novembro próximo.
Durante o seu mandato, Trump impôs direitos aduaneiros sobre centenas de milhares de milhões de dólares de produtos chineses, aos quais Pequim respondeu com mais taxas, desencadeando uma guerra comercial que prejudicou o crescimento global e levou a perturbações nas cadeias de abastecimento.
Antes do seu discurso em Pittsburgh, Biden foi questionado por um repórter se estava preocupado com um novo conflito com a China, ao que respondeu simplesmente: "Não haverá uma guerra comercial".
A medida anunciada foi rapidamente apoiada por sindicatos e associações comerciais, como o American Iron and Steel Institute, que em comunicado acusou Pequim de inundar o mercado norte-americano com aço barato para prejudicar os produtores nacionais.
Apesar do apoio, a medida é em grande parte simbólica.
Os EUA importaram cerca de 6,1 mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) em produtos siderúrgicos nos doze meses até fevereiro de 2023, mas apenas 3% dessas importações vieram da China, de acordo com o Gabinete de Estatísticas dos Estados Unidos.
O anúncio de Biden surge durante uma digressão de três dias pelo estado-chave da Pensilvânia, que o levou terça-feira à sua cidade natal, Scranton, onde proferiu um discurso apelando à classe trabalhadora, e que terminará quinta-feira com outro comício de campanha em Filadélfia.