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Ascenso Simões critica desvalorização da UGT e falta de alternativa a Marcelo

O deputado socialista e antigo secretário de Estado acusa o atual Presidente da República de ser “alguém, como se viu ainda há dias, com o veto ao decreto do Programa de Apoio à Economia Local, que não entende o desafio de uma governação moderna".

Ascenso Simões, deputado socialista e antigo secretário de Estado.
28 de Agosto de 2021 às 17:29
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O deputado socialista Ascenso Simões criticou hoje a direção do PS por desvalorizar a UGT e por não ter encontrado um candidato alternativo a Marcelo Rebelo de Sousa nas últimas eleições presidenciais.

 

Ascenso Simões, antigo secretário de Estado, fez um dos primeiros discursos críticos à direção do PS do 23º Congresso Nacional, que decorre no Portimão Arena, apesar de as suas primeiras palavras terem sido de elogio ao secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, e à líder parlamentar, Ana Catarina Mendes.

 

Depois de ter apontado aquilo que na sua opinião tem corrido bem ao longo dos últimos seis anos, o deputado eleito por Vila Real entrou nas críticas, começando pelo relacionamento da direção do PS com as duas centrais sindicais.

 

"No Governo e no partido, podemos estar sempre a dar a mão à CGTP-IN, mas não podemos deixar de fazer um permanente caminho com a UGT, porque é a UGT quem nos representa no mundo sindical e porque o mundo sindical não pode regressar à unicidade. Temos de ter com a UGT o caminho que importa na concertação social", advertiu.

 

A seguir, Ascenso Simões considerou que o PS errou quando "não encontrou um candidato alternativo ao atual Presidente da República".

 

"Ao longo dos últimos 20 anos, tivemos muitos ministros que poderiam ter sido candidatos, assim como muitas outras personalidades. O PS falhou e não esteve à altura. O professor Marcelo Rebelo de Sousa não representa o nosso espaço político e é alguém, como se viu ainda há dias, com o veto ao decreto do Programa de Apoio à Economia Local, que não entende o desafio de uma governação moderna", acusou.

 

O deputado socialista insurgiu-se ainda com a ação do atual chefe de Estado na diplomacia e nas relações externas.

 

"Temos uma Constituição que separa claramente as competências do Presidente da República e as do Governo. Não podemos ceder nessa invasão de competências", acrescentou.

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