Notícia
André Ventura diz que TAP já deveria ter sido reestruturada e quer plano na AR
O deputado único do Chega, André Ventura, considerou hoje que a TAP já deveria ter sido reestruturada, assinalando que os problemas da companhia duram há anos, e defendeu a votação do plano do Governo no parlamento.
10 de Dezembro de 2020 às 13:11
"A TAP já deveria ter sido reestruturada, não era neste momento de grande dificuldade de acesso ao mercado que a TAP deveria ser reestruturada", declarou André Ventura, deputado único do Chega, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, à saída da reunião com o governo sobre o plano de reestruturação da companhia aérea.
Ventura advogou que "já no período pré-Covid a TAP tinha dois critérios de risco muito significativos: tinha capitais próprios negativos e tinha dívidas superiores a 300 milhões de euros a mais de 90 dias. Isto significa que qualquer gestor responsável já teria feito uma restruturação, por isso sim, o ministro Pedro Nuno Santos tem explicações a dar".
"Por outro lado, todo o plano está a ser feito numa lógica que é até estranha da parte do PS, que é em cortar pessoal, cortar salários, quando a TAP tem um problema de insuficiência muito grande", adiantou.
Ventura concretizou a crítica, dando como exemplos os "milhões de euros" que a TAP paga em "multas e indemnizações por atrasos" e ainda o dinheiro gasto na "substituição de tripulação e a substituição de pilotos das rotas".
"Portanto, quando olhamos para um plano que não está a olhar para a lógica da eficiência da otimização mas do mero corte, percebemos que algo está a ser mal feito e que a TAP por este caminho não vai chegar a porto nenhum", concluiu.
Questionado sobre se defende ou não que o plano de reestruturação da companhia aérea deveria ser discutido e votado no parlamento Ventura foi claro: "sim, o Chega acha que o plano deve ir ao parlamento, deve ser discutido no parlamento e os partidos devem aprová-lo ou não aprová-lo".
Na ótica do deputado, se há partidos que exigem que as transferências para o Novo Banco devem ser aprovadas pelo parlamento, então o plano também o deveria ser, alegando ser "uma questão de coerência".
Entretanto, em Bruxelas, à entrada do Conselho Europeu, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o plano de reestruturação da TAP não será votado na Assembleia da República, frisando que "não faz parte do sistema constitucional português" que o parlamento "substitua o Governo nas funções de governação".
Na segunda-feira, fonte da direção do PSD disse à Lusa que o grupo parlamentar social-democrata foi informado pelo Governo da intenção do Executivo de levar o plano de reestruturação da TAP a debate na Assembleia da República.
O Governo está a discutir o plano de reestruturação da TAP com os partidos com assento parlamentar, em reuniões fechadas no parlamento distribuídas entre quarta-feira e hoje, depois de ter estado reunido na noite de terça-feira em conselho de ministros extraordinário.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos que os representam.
O prazo para a entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, condição dada por Bruxelas para aprovar o auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à companhia aérea, termina hoje.
Ventura advogou que "já no período pré-Covid a TAP tinha dois critérios de risco muito significativos: tinha capitais próprios negativos e tinha dívidas superiores a 300 milhões de euros a mais de 90 dias. Isto significa que qualquer gestor responsável já teria feito uma restruturação, por isso sim, o ministro Pedro Nuno Santos tem explicações a dar".
Ventura concretizou a crítica, dando como exemplos os "milhões de euros" que a TAP paga em "multas e indemnizações por atrasos" e ainda o dinheiro gasto na "substituição de tripulação e a substituição de pilotos das rotas".
"Portanto, quando olhamos para um plano que não está a olhar para a lógica da eficiência da otimização mas do mero corte, percebemos que algo está a ser mal feito e que a TAP por este caminho não vai chegar a porto nenhum", concluiu.
Questionado sobre se defende ou não que o plano de reestruturação da companhia aérea deveria ser discutido e votado no parlamento Ventura foi claro: "sim, o Chega acha que o plano deve ir ao parlamento, deve ser discutido no parlamento e os partidos devem aprová-lo ou não aprová-lo".
Na ótica do deputado, se há partidos que exigem que as transferências para o Novo Banco devem ser aprovadas pelo parlamento, então o plano também o deveria ser, alegando ser "uma questão de coerência".
Entretanto, em Bruxelas, à entrada do Conselho Europeu, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o plano de reestruturação da TAP não será votado na Assembleia da República, frisando que "não faz parte do sistema constitucional português" que o parlamento "substitua o Governo nas funções de governação".
Na segunda-feira, fonte da direção do PSD disse à Lusa que o grupo parlamentar social-democrata foi informado pelo Governo da intenção do Executivo de levar o plano de reestruturação da TAP a debate na Assembleia da República.
O Governo está a discutir o plano de reestruturação da TAP com os partidos com assento parlamentar, em reuniões fechadas no parlamento distribuídas entre quarta-feira e hoje, depois de ter estado reunido na noite de terça-feira em conselho de ministros extraordinário.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos que os representam.
O prazo para a entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, condição dada por Bruxelas para aprovar o auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à companhia aérea, termina hoje.