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Aliança Democrática aposta na procura interna para pôr economia a crescer

Previsões macroeconómicas, que servem de base ao programa eleitoral da Aliança Democrática, apontam para um crescimento de 3,4% em 2028. Dívida pública deverá reduzir-se para menos de 90% do PIB até 2028. Prevê-se ainda um aumento das exportações para 4% em 2028 e 1% no emprego.

António Pedro Santos / Lusa
24 de Janeiro de 2024 às 17:52
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As previsões macroeconómicas, que vão servir de base ao programa eleitoral da Aliança Democrática, apontam para um crescimento em torno de 3,5% em 2028. A expectativa da coligação liderada pelo PSD é de que esse crescimento seja alavancado por um aumento da procura interna nos próximos quatro anos.

"Estimamos um crescimento [médio anual] de 3,4% até 2028, deixando uma base para que na legislatura seguinte possamos ter a economia, em velocidade de cruzeiro, a crescer 4%", referiu o presidente do PSD, Luís Montenegro, na apresentação do cenário macroeconómico da Aliança Democrática.

Tendo por base as previsões do Conselho de Finanças Públicas (CFP), a coligação formada pelo PSD, CDS e PPM aponta para um crescimento anual de 1,6% este ano, que compara com 2,2% em 2023. No próximo ano, espera que a economia cresça 2,5% e que esse crescimento aumente de forma gradual até superar os 3% em 2027.

A procura interna dará o maior contributo para o crescimento do produto interno bruto (PIB) ao longo desses quatro anos, segundo as previsões da Aliança Democrática. A expectativa é de que, em 2028, a taxa de crescimento seja de 3,4%, sendo 3,1 pontos percentuais explicados pela procura interna. Por outro lado, a procura externa dará um contributo de 0,2 pontos percentuais.

A impulsionar a procura estará sobretudo o investimento. A Aliança Democrática aponta para um aumento do investimento de 0,6% em 2023 para 3,7% este ano. Em 2025, estima que o investimento atinja 5,2%, mantendo-se entre 3% e 4% nos três anos seguintes. 

Já o consumo privado deverá aumentar de 1,5% em 2023 para 3,2% em 2028, enquanto o consumo público deverá subir de 1,2% para 2,5%.

As previsões de crescimento da economia portuguesa apresentadas são mais otimistas do que as que o Governo estabeleceu no Programa de Estabilidade 2023-2027, no qual se prevê um crescimento de 1,8% até 2027. A explicar essa diferença, estão as reformas estruturais que a Aliança Democrática quer implementar. 

"O PIB crescerá 3,4% em 2028 por via de mais exportações e mais investimento, mas também mais investimento privado. Haverá mais remunerações, por via do aumento da produtividade, menos IRS e mais emprego", explicou o social-democrata Joaquim Miranda Sarmento.

A Aliança Democrática aponta ainda para uma redução da dívida pública para menos de 90% do PIB em 2028, um aumento de 4% nas exportações e 1% no emprego. No que toca ao mercado de trabalho, a expectativa da Aliança Democrática é de que a taxa de desemprego recue para 5% em 2028.
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