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As reacções dos partidos ao que disse Marcelo

Na sessão solene dos 43 anos do 25 de Abril, o Presidente da República lançou um desafio ao Governo para cumprir até ao fim da legislatura. Nos passos perdidos, os partidos já fizeram as primeiras reacções.

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PS
O líder parlamentar socialista, Carlos César, sublinhou que o crescimento económico que Portugal regista "já está acima da Alemanha, França, Áustria e Itália" e mostrou-se confiante num reforço da confiança ainda este ano. Carlos César respondia aos jornalistas que pediram uma reacção aos partidos sobre o desafio deixado pelo Presidente da República ao Governo de conseguir mais crescimento e melhor distribuição de riqueza. O também presidente do PS disse que Portugal tem, não apenas de "aproveitar melhor os fundos comunitários mas criar condições para os investidores privados". "Temos índices de confiança que não tínhamos há mais de uma década. Creio que este ano não faltarão ocasiões para reforçar esta confiança." 

Bloco de Esquerda 

A líder do Bloco de Esquerda Catarina Martins defendem que se forem cumpridas as normas "absurdas" da União Europeia então o crescimento económico será limitado e disse que é "preciso ir mais longe" e "ter a coragem de não aceitar o fatalismo". A coordenador bloquista admitiu ter uma divergência com quem pensa que, perante extremismos, "temos de aceitar a Europa como ela está" embora tenha reconhecido alguns pontos contacto com as ideias deixadas pelo Presidente, entre elas a de que o Estado Social e a democracia foram feitos por um povo. Catarina Martins garantiu aos jornalistas que aplaudiu "brevemente" o Presidente. No ano passado, as bancadas à esquerda aplaudiram aquele que foi o primeiro discurso do 25 de Abril de Marcelo, mas este ano o mesmo não aconteceu.

PCP
Jerónimo de Sousa, o secretário-geral do PCP, optou por destacar o facto de Marcelo ter pedido uma melhor distribuição de riqueza, lembrando que esta é a batalha dos comunistas. O líder do PCP voltou a insistir na necessidade de fazer uma renegociação da dívida pública, agora que está "ultrapassado o défice como alfa e o ómega" da política económica. Só a renegociação da dívida evita, na perspectiva dos comunistas, que "toda a riqueza produzida saia do país". Jerónimo de Sousa explicou ainda aos jornalistas por que os comunistas não aplaudiram a intervenção de Marcelo, justificando não ser nem uma posição crítica nem de aplauso. "É uma intervenção muito abrangente, pontificada por questões muito importantes", como o papel do poder local e a repartição de riqueza. 

PSD 
Para Hugo Soares, a intervenção de Marcelo contém um "aviso sério" quando fala das "ilusões perigosas". O deputado do PSD sublinha que o Presidente da República "apelou à reforma do Estado e pediu ao governo que tenha outra ambição para este mandato". Segundo Hugo Soares Marcelo desafiou o Governo a fazer uma reforma do Estado em cima das reformas feitas nos últimos anos - quando PSD e CDS estavam no Governo. 

CDS
Logo após o discurso do Presidente da República, o deputado centrista João Almeida sublinhou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa quando o chefe de Estado salienta que o que Portugal conseguiu hoje também resulta do esforço feito antes pelos portugueses. O parlamentar mostra ainda partilhar o repto que Marcelo lançou ao Governo. "O desafio neste momento é conseguir acrescentar qualidade à vida dos portugueses".

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