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PSD: Conselho Nacional vai reunir-se em 14 de março para marcar diretas e Congresso
O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se em 14 de março para aprovar a data das eleições diretas para escolher o próximo presidente do partido e do congresso, decidiu a direção social-democrata.
04 de Março de 2022 às 02:43
A Comissão Política Nacional (CPN) do PSD reuniu-se na quinta-feira à noite, por via digital, e de acordo com relatos feitos à Lusa por fontes presentes na reunião, vai requerer a convocação desta reunião extraordinária do órgão máximo entre congressos para daqui a dez dias.
O local do Conselho Nacional ainda não ficou fechado, mas Ovar (Aveiro), município presidido pelo vice-presidente Salvador Malheiro, é uma das hipóteses.
No entanto, a proposta oficial de regulamentos e cronograma da CPN a levar a votos no Conselho Nacional só será fechada e divulgada mais perto da data da reunião.
De acordo com os estatutos dos PSD, o Conselho Nacional reúne ordinariamente de dois em dois meses e, extraordinariamente, a requerimento da Comissão Política Nacional, da direção do Grupo Parlamentar, ou de um quinto dos seus membros.
A última reunião do Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre Congressos, realizou-se há menos de duas semanas em Barcelos.
Em 19 de fevereiro, foi aprovada uma proposta subscrita pela maioria das distritais para que, num prazo máximo de vinte dias (ou seja, até 11 de março), se realizasse uma nova reunião deste órgão para aprovar o calendário de eleições diretas e Congresso.
No entanto, o presidente do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto, alertou nessa ocasião que só seria marcada nova reunião depois de o presidente do PSD, Rui Rio, e a direção abrirem o processo eleitoral, sendo a reunião de quinta-feira da Comissão Política o primeiro passo nesse sentido.
Rui Rio, que foi reeleito no final de novembro do ano passado, confirmou que iria deixar a liderança do PSD - cargo que ocupa desde janeiro de 2018 - na sequência da derrota eleitoral nas legislativas, mas tem pedido "tranquilidade e serenidade" no processo eleitoral.
Se no Conselho Nacional de Barcelos Rio até colocou três cenários para a sua saída - incluindo ficar até ao final do mandato ou ficar um ano desde que existisse uma razão de "interesse público" -, o presidente do PSD reiterou no domingo querer que o processo fique resolvido até ao Verão, até ao final dos trabalhos parlamentares.
Por enquanto, ainda não há nenhum candidato assumido à liderança do PSD - a marcação das eleições diretas é normalmente o pontapé de saída do processo - sendo os nomes mais falados o do antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o de Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, até agora o único que afirmou publicamente estar a ponderar disputar a presidência do partido.
Miguel Pinto Luz, Paulo Rangel ou Jorge Moreira da Silva são outros possíveis candidatos que ainda não admitiram ou afastaram essa hipótese.
De acordo com os resultados provisórios das legislativas de 30 de janeiro, o PSD conseguiu cerca de 29% dos votos e 78 deputados (a confirmar-se um eleito pela Europa quando for repetida a eleição), menos um do que os 79 eleitos em 2019 e ficando a mais de 13 pontos percentuais do PS, que obteve a segunda maioria absoluta da sua história.