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Yellen reconhece que errou ao prever há um ano que inflação seria "um pequeno risco"

"Acho que estava errada sobre o caminho que a inflação tomaria", referiu Janet Yellen, em entrevista à CNN. Apesar desse "erro", reconhece agora que a inflação é a principal preocupação da Administração Biden e que a Fed tem meios para a conter.

Reuters
01 de Junho de 2022 às 18:20
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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconheceu esta terça-feira que "estava errada" ao afirmar, em 2021, que a subida da inflação era apenas "um pequeno risco" para a economia. Apesar desse "erro", reconhece agora que conter a inflação é a principal prioridade atual da Administração Biden.

"Acho que estava errada sobre o caminho que a inflação tomaria", referiu Janet Yellen, em entrevista à CNN. "Houve grandes choques imprevistos na economia que fizeram aumentar os preços de energia e alimentos, e levaram a constragimentos nas cadeias de abastecimento que afetaram a nossa economia de uma maneira que não entendi completamente na altura". 

Entre esses "grandes choques imprevistos", Janet Yellen destacou o impacto da guerra na Ucrânia para a economia mundial e os mais recentes surtos de covid-19 na China, que levaram a restringir ainda mais a política de "zero casos" no país e a confinar cidades inteiras, paralisando importantes motores da economia chinesa, como Xangai.

"Esses choques na economia continuaram, mas agora a inflação é a preocupação número um para o presidente [dos Estados Unidos] Joe Biden", acrescentou Janet Yellen.

A secretária do Tesouro norte-americana sublinhou que Joe Biden "acredita fortemente e apoia a independência da Fed para tomar as medidas necessárias" para reduzir a inflação nos Estados Unidos, que atingiu os 8,5% em maio, e que o desemprego está quase tão baixo como desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Mais tarde, um porta-voz do Tesouro norte-americano explicou que Janet Yelle entende que "houve choques na economia que aumentaram as pressões inflacionárias, que não poderiam ter sido previstas há 18 meses, incluindo a decisão da Rússia de invadir a Ucrânia, sucessivas variantes da covid-19 e confinamentos na China".
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