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Yellen mantém Fed na trajectória de subida dos juros

O sector financeiro norte-americano esteve a ser animado esta terça-feira pelas declarações da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, que disse que a economia dos EUA está robusta o suficiente para aguentar taxas de juro mais altas.

27 de Junho de 2017 às 21:47
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A presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, reiterou esta terça-feira que a Fed já clarificou o que considera ser apropriado em matéria de política monetária: subir as taxas de juro "muito gradualmente".

 

Yellen falou também sobre os preços dos activos em bolsa, dizendo que "parecem elevados, mas não há certezas sobre isso", dado que depende das métricas que são usadas para avaliar o PER (rácio preço-lucro).

 

Estes comentários de Yellen sobre os preços dos activos seguem-se às obsewrvações feitas, também hoje, pelo vice-presidente do banco central, Stanley Fischer – que afirmou que a crescente valorização das acções só pode ser explicada por um melhor panorama económico.

 

Janet Yellen voltou assim a dizer que a economia dos EUA está robusta o suficiente para aguentar taxas de juro mais altas, o que animou sobretudo o sector financeiro em bolsa – que é beneficiado pela subida dos juros.

 

Na reunião do passado dia 14, a Fed subiu a taxa directora (dos fundos federais) em 25 pontos base, para um intervalo entre 1% e 1,2%.

 

Dois dias depois, Yellen declarou que a autoridade monetária iria prosseguir o movimento de subida de juros, mesmo que a meta da inflação ficasse aquém das expectativas. Este endurecimento do tom da Fed levou a que os investidores se focassem em títulos que ganham mais com um aumento do custo do dinheiro, como é o caso da banca. 

Após sete anos sem mexer nos juros, que se mantiveram em mínimos históricos entre 0% e 0,25%, a Reserva Federal procedeu ao primeiro aumento (de 25 pontos base) em Dezembro de 2015. Posteriormente, em Dezembro de 2016, voltou a incrementar em 25 pontos base a taxa directora. Voltou, então, em Março passado, a elevar o custo do dinheiro, com mais uma subida de 25 pontos base, e novamente este mês em mais 25 pontos.

 

Entretanto, a 5 de Abril, com a divulgação das minutas da reunião de Março, ficou também a saber-se que a Fed sinalizou uma redução do seu balanço ainda para este ano. 



(notícia actualizada às 22:50)

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