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Weidmann diz que BCE deve começar a debater mudança de orientação

O presidente do banco central alemão considera que a melhoria de perspectivas relativamente à Zona Euro deve levar o BCE a iniciar uma discussão sobre a sua orientação em termos de políticas monetárias.

Bloomberg
01 de Junho de 2017 às 07:50
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Jens Weidmann considera que as melhores perspectivas económicas na Zona Euro devem levar o Banco Central Europeu (BCE) a começar a discutir uma mudança nas políticas monetárias por forma a reflectir a recuperação verificada no bloco do euro.

 

No entender do presidente do banco central alemão (Bundesbank), que é também apontado como potencial sucessor de Mario Draghi na liderança da autoridade monetária da moeda única, o reforço da recuperação na Zona Euro mostra que a subida da taxa de inflação na região não é apenas "um êxito passageiro".

 

Em declarações feitas durante uma conferência realizada em Constance, Alemanha, Weidmann diz ter chegado o momento de os membros do BCE "começarem a discutir se e quanto será chegado o tempo para ajustar a nossa orientação".

 

Weidmann é de há muito um dos maiores críticos da política expansionista levada a cabo pelo BCE, sendo que estas declarações elevam a tensão do encontro que a instituição tem agendado para a próxima semana, no dia 8 de Junho.

 

Contudo, ainda recentemente Draghi deu a entender que na reunião marcada para Tallinn o conselho de governadores pouco deverá fazer além de reconhecer a melhoria do ambiente económico na área do euro. Na reunião de Abril, o BCE decidiu manter a taxa de juro central da Zona Euro em zero, assim como também as restantes taxas a que empresta ou aceita depósitos dos bancos europeus. O programa mensal de compra de activos também ficou inalterado.

Esta quarta-feira foi divulgado pelo Eurostat que, em Abril, a taxa de inflação na Zoa Euro desceu de 1,9% para 1,4%, afastando-se assim do objectivo definido pelo BCE em torno dos 2%. Weidmann considera que a remoção de estímulos económicos contribuiria para que a inflação acelerasse mais do que o verificado nos últimos anos. 

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