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Vários membros da Fed disponíveis para aumentar juros caso a inflação persista

Na última reunião do banco central, os participantes concordaram que os dados da inflação do primeiro trimestre eram "desapontantes" e que seria necessário mais tempo para que a política monetária restritiva aproximasse a inflação dos 2%.

Jim Lo Scalzo/Lusa_EPA
22 de Maio de 2024 às 19:59
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Vários membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), da Reserva Federal (Fed), mostraram-se disponíveis para aumentar as taxas de juro, caso necessário, de forma a levar a inflação à meta dos 2%.

A informação consta da ata da última reunião da Fed, realizada em 31 de abril e 1 de maio, que foi publicada esta quarta-feira. "Os participantes discutiram a necessidade de manter a política monetária restritiva por mais tempo caso a inflação não dê sinais de se aproximar da meta de 2%, ou reduzir estas restrições caso as condições do mercado laboral deem sinais de enfraquecimento. Vários participantes mostraram uma abertura para agravar a política monetária caso os riscos para a inflação se materializem de tal forma que seja necessária tal ação", lê-se no documento. 

Apesar de o consenso geral ser de que a política monetária adotada pela Fed é "restritiva", vários membros do FOMC expressaram "incerteza" em relação ao quão restritivos estão atualmente os juros, uma vez que o impacto desta política na economia pode não ser tão ampla como no passado.

Com esta perspetiva em mente, os membros concordaram que os dados da inflação no primeiro trimestre do ano foram "desapontantes", indicando que será "necessário mais tempo do que tinha sido antecipado para ganharem mais confiança" em como a inflação está aproximar-se da meta de 2%. 

Os últimos dados da inflação, conhecidos após a reunião da FOMC, mostraram uma desaceleração do índice de preços no consumidor em abril, que aumentou 0,3%, contra as expectativas de que se iria manter nos 0,4% registados no mês anterior. 

A próxima reunião da Fed realiza-se a 11 e 12 de junho. Na última reunião, o banco central decidiu que o intervalo da taxas dos fundos federais continuaria entre 5,25% e 5,5%. É o valor mais elevado em 23 anos.
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