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Rehn confirma que BCE deverá subir os juros no quarto trimestre de 2019

Olli Rehn, membro do Conselho do BCE, confirma que, se a economia do euro evoluir como o previsto, os juros vão subir daqui a sensivelmente um ano.

Bloomberg
18 de Outubro de 2018 às 13:52
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O Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar uma subida da taxa de juro de referência, actualmente em 0%, no quarto trimestre de 2019, tal como havia antecipado o líder da autoridade monetária, Mario Draghi, na reunião de Junho.

A confirmação foi dada esta quinta-feira, 18 de Outubro, por Olli Rehn, membro do Conselho do BCE, numa entrevista a uma rádio finlandesa, citada pela Bloomberg. De acordo com o antigo Comissário Europeu para os Assuntos Económicos, se a economia da Zona Euro evoluir como o esperado, a normalização dos juros na região da moeda única arrancará daqui a sensivelmente um ano.

"Os mercados parecem estar a ler correctamente o ‘guidance’ do BCE", afirmou Rehn em declarações à YLE Radio 1. "O ponto de partida deverá ser se a economia se desenvolver em linha com as perspectivas actuais, a primeira subida dos juros deverá acontecer no último trimestre de 2019".

As afirmações de Rehn surgem a uma semana da reunião mensal da autoridade monetária que, no início deste mês, já reduziu o montante mensal do seu programa de compra de activos para 15 mil milhões de euros, patamar em que irá manter até ao final do ano, até terminar, em Dezembro.

Ainda assim, Olli Rehn defende que a política monetária deve continuar a estimular a economia, já que a inflação subjacente na Zona Euro, a chamada inflação "core", permanece em torno de 1%. A taxa de inflação geral já superou os 2%, mas impulsionada sobretudo pelos preços da energia.

Na mesma entrevista, o responsável adiantou que o Conselho do BCE ainda vai discutir a sua estratégia para reinvestir os montantes resultam dos títulos que vão vencendo [títulos de dívida comprados pelo BCE no âmbito do programa de compra de activos], mas a decisão só será tomada nos "próximos meses". De qualquer forma, assegurou, o reinvestimento da dívida dos governos e das empresas vai continuar "durante um longo período de tempo".

O BCE antecipa, assim, mais um ano de juros zero, contrastando com o seu homólogo norte-americano, a Reserva Federal dos Estados Unidos, que começou a subir os juros em Dezembro de 2015. Segundo as actas da última reunião, divulgadas esta quarta-feira, a Fed já está mesmo a estudar um aumento para níveis acima dos 3%, um patamar já considerado restritivo.

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