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Objetivo da Fed é trazer a inflação para os 2%, reitera Powell

Num breve discurso numa conferência em Washington DC. o líder da Reserva Federal dos Estados Unidos indicou que a missão do seu mandato é assegurar a estabilidade financeira.

Jerome Powell admitiu a possibilidade uma política monetária (ainda) mais agressiva que pode provocar “dor” na economia. A Reserva Federal (Fed) norte-americana reúne-se em junho.
Tom Williams/Pool via Reuters
17 de Junho de 2022 às 15:19
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Jerome Powell reiterou nesta sexta-feira que o objetivo da Reserva Federal norte-americana (Fed) é baixar a taxa de inflação para os 2%. "Os meus colegas e eu estamos fortemente focados em reduzir a inflação até à nossa meta dos 2%. O cumprimento do nosso duplo mandato também depende da manutenção da estabilidade financeira", indicou o líder da Fed num breve discurso numa conferência em Washington DC, reiterando assim o que tinha dito na conferência de imprensa de quarta-feira.

Powell focou as suas palavras na "centralidade" do dólar na economia global, afirmando que o compromisso da Fed para com a estabilidade de preços contribui para a confiança generalizada na "nota verde" e incentiva a comunidade internacional a manter e usar dólares.

"O papel internacional do dólar traz múltiplos benefícios. Para os Estados Unidos, reduz as taxas de transação e os custos dos empréstimos para famílias, empresas e governo norte-americano", indicou. "Para economias estrangeiras, o amplo uso do dólar permite que quem pede empréstimos tenha acesso a um amplo conjunto de credores e investidores, o que reduz os seus custos de financiamento e transação".

A moeda norte-americana tem estado a valorizar esta sexta-feira. Esta manhã o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força do "green cash" em comparação com 10 divisas rivais – subia 0,65% para 104,302 pontos, continuando assim a reagir em alta à decisão tomada pela Reserva Federal norte-americana na quarta-feira.

A Fed aumentou a taxa dos fundos federais em 75 pontos base, passando assim para um intervalo entre 1,5% e 1,75%. A autoridade monetária esperava inicialmente subir a taxa apenas 50 pontos base, contudo optou por uma política mais agressiva depois de a inflação nos Estados Unidos ter sido em maio de 8,6%, acima da previsão dos analistas - e batendo um máximo de 40 anos.

O banco central dos EUA iniciou um ciclo de subida dos juros diretores em março, com um aumento de 25 pontos base. Na reunião seguinte, a de maio, procedeu a um incremento maior: 50 pontos base. Nessa altura, afastava a possibilidade de optar por uma subida de 75 pontos e o consenso apontava para que procedesse a mais dois aumentos, de 50 pontos base cada, nas reuniões de junho e julho.
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