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Membro do BCE considera “imperativo” o regresso à normalidade da política monetária

A alemã Sabine Lautenschlaeger avisa que a política ultra expansionista não tem apenas o efeito pretendido. "Também tem efeitos colaterais indesejáveis, como o aumento do risco de bolhas nos preços dos activos", afirma.

Bloomberg
30 de Junho de 2017 às 13:22
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Sabine Lautenschlaeger, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), defendeu esta sexta-feira, 30 de Junho, a importância do regresso à normalidade da política monetária, recordando que os juros baixos e os demais estímulos têm efeitos colaterais "indesejáveis".

"Considero imperativo que a política monetária regresse ao normal assim que seja justificado", afirmou Lautenschlaeger, citada pela Bloomberg. "Ainda que a inflação não esteja num caminho sustentável em direcção ao nosso objectivo, existem todas as condições. É só uma questão de tempo e paciência".

Os comentários da executiva alemã no conselho do BCE surgem depois de, esta manhã, o Eurostat ter revelado que a taxa de inflação na Zona Euro desacelerou de 1,4%, em Maio, para 1,3% em Junho, um valor ainda distante da meta do BCE – uma taxa de inflação abaixo mas próxima de 2%.

"A política monetária já devia estar a fazer preparativos para o regresso à normalidade. E deve adaptar a sua comunicação em conformidade com isso", acrescentou Lautenschlaeger, lembrando que a política monetária ultra expansionista não tem apenas o efeito pretendido, "mas também efeitos colaterais indesejáveis, entre os quais o aumento do risco de bolhas nos preços dos activos".

O tema do início da retirada dos estímulos do banco central tem dominado a atenção dos mercados esta semana, depois de o presidente do BCE, Mario Draghi, ter garantido, no 4º Fórum de Bancos Centrais em Sintra, que os factores que estão a pesar sobre a inflação são "temporários".

O responsável máximo da autoridade monetária passou uma mensagem de confiança sobre a recuperação europeia, levando os investidores a considerarem que o BCE se estará a preparar para começar a reduzir os estímulos à economia. Essa perspectiva foi reforçada pelos dados da inflação na Alemanha, conhecidos ontem, que levaram os juros da dívida da generalidade dos países do euro a registar fortes subidas.

Contudo, o retrato geral das grandes economias do euro diverge do da Alemanha. Em Espanha, a taxa de inflação desceu de 2% para 1,6%, em Itália de 1,6% para 1,2% e em França de 0,9% para 0,8%. 

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