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Inflação na Zona Euro fixa-se em 1,3% em Janeiro

A taxa de inflação na área da união monetária ficou mesmo em 1,3% no início deste ano, continuando assim abaixo do objectivo do Banco Central Europeu, que é uma taxa próxima de 2%.

Bloomberg
23 de Fevereiro de 2018 às 10:56
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A taxa de inflação na Zona Euro ficou nos 1,3% em Janeiro deste ano, indicou o Eurostat nesta sexta-feira, 23 de Fevereiro, na segunda leitura relativa aos preços no consumidor. No mês de Dezembro, a taxa de inflação estava nos 1,4%. E em Janeiro de 2017, a inflação estava nos 1,8%.

O maior contributo para a taxa de inflação na área do euro foi dado pelo sector dos serviços, seguido pelo segmento da alimentação, álcool e tabaco, energia e pelos bens industriais não-energéticos.

Na União Europeia, a taxa de inflação no mês passado ficou nos 1,6%, o que contrasta com os 1,7% registados em Dezembro. Em Janeiro de 2017, os preços do consumidor estavam nos 1,7%, segundo os dados do gabinete europeu de estatística.

As taxas de inflação mais baixas foram registadas por Chipre, Grécia e Irlanda. Por outro lado, a Lituânia, Estónia e Roménia foram os Estados-membros que registaram a taxa de inflação mais elevada. Em Portugal, em Janeiro, a taxa de inflação fixou-se nos 1,1% quando em Dezembro estava nos 1,6%.

Para o Banco Central Europeu a taxa de inflação é um indicador económico bastante relevante. O objectivo traçado pela autoridade monetária é que a subida de preços no consumidor se situe próxima, mas abaixo, dos 2%.

Apesar das minutas do banco central, relativas ao mês de Janeiro, demonstrarem que os governadores concluíram que é cedo para começar a mudar o discurso em torno dos estímulos monetários, mais concretamente em relação ao programa de compra de activos, a verdade é que nos primeiros dias do ano surgiram vários comentários sobre o tema.

Logo a 10 de Janeiro, a Bloomberg avançava que o debate sobre o plano de estímulos do Banco Central Europeu estava a centrar as atenções, com vários responsáveis a alertarem para os riscos de manter uma política monetária muito relaxada por muito tempo, de acordo com a Bloomberg.

A economia da Zona Euro tem estado a crescer a um ritmo sólido, depois de três anos de taxas de juro negativas, e os chamados falcões como o presidente do banco central da Alemanha, Jens Weidmann, estaria a intensificar a pressão para que seja colocado um ponto final no programa de compra de activos, segundo avança a agência.

Poucos dias depois, vários economistas consultados pela agência defendiam que Junho será o mês mais provável para a instituição liderada por Mario Draghi anunciar uma decisão em torno do programa de compra de activos (que garantidamente vai continuar activo até Setembro).

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