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Fed teme que inflação se "enraíze" na economia dos EUA

Alguns membros da Fed "consideraram que a inflação elevada pode enraizar-se na economia", numa altura em que o banco central já fala em desacelerar o ritmo de subidas dos juros de referência.

A Reserva Federal dos EUA subiu os juros em 75 pontos-base no último encontro, tendo o próximo marcado para 20 e 21 de setembro já com novos dados da inflação para avaliar.
Jim Lo Scalzo/Reuters
17 de Agosto de 2022 às 20:00
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A Reserva Federal norte-americana (Fed) teme que a elevada inflação se enraíze na economia norte-americana se o mercado começar a incorporar um ritmo mais lento de subidas nos juros diretores dos EUA, revelam as atas da última reunião do Comité de Política Monetária (FOMC), realizada em julho.

"Participantes [no encontro] consideraram que há um risco significativo para o comité de que a elevada inflação se possa enraizar se o público começar a questionar que o comité vai ajustar suficientemente o posicionamento político", indicam as atas.

Estes membros alertam que se "este risco se materializar será mais difícil" alcançar a meta de reduzir a inflação para 2%, tendo ainda o potencial de aumentar "substancialmente os custos económicos" associados a este processo.

Por outro lado, devido ao desfasamento entre as alterações à política monetária e os seus efeitos na economia, a Fed vê o risco de que "o comité possa apertar o posicionamento das políticas mais do que necessário para restaurar a estabilidade dos preços".

Nesse sentido, a Reserva federal deverá decidir o ritmo das subidas das taxas diretoras sempre tomando por base os dados económicos mais recentes, argumentaram vários dos participantes.

No final do encontro, que decorreu nos dias 26 e 27 de julho, o banco central dos EUA sinalizou um possível abrandamento do ritmo da subida nas taxas de juro, caso a inflação o permitisse. Em julho, o índice de preços no consumidor caiu para 8,5% (de 9,1% em junho), alimentando esta expectativa.

Após o aumento da taxa dos fundos federais em 75 pontos base anunciada em julho, esta subiu para um intervalo entre 2,25% e 2,5%. O aumento da taxa de referência foi apoiado por unanimidade entre os 12 membros do FOMC, acrescentam as atas.
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