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Fed pondera juros mais restritivos se inflação persistir
Subida dos preços tem sido persistente. Fed já subiu juros diretores três vezes este ano e prepara-se para o fazer de novo em finais deste mês. Resta saber em que dimensão.
Os responsáveis da Reserva Federal norte-americana concordaram, no mês passado, que a taxa de juro de referência poderá ter de continuar a subir durante mais algum tempo se a inflação persistir, mesmo que isso desacelere a economia.
É esta uma das principais conclusões das atas da última reunião da Fed, que decorreu nos dias 14 e 15 de junho e que culminou com o anúncio de um aumento da taxa dos fundos federais em 75 pontos base, que passou assim para um intervalo entre 1,5% e 1,75%.
O banco central dos EUA iniciou um ciclo de subida dos juros diretores em março passado, com um aumento de 25 pontos base. Na reunião seguinte, a de maio, procedeu a um incremento maior: 50 pontos base. Nessa altura, afastava a possibilidade de optar por uma subida de 75 pontos e o consenso apontava para que procedesse a mais dois aumentos, de 50 pontos base cada, nas reuniões de junho e julho.
Acontece que começaram entretanto a crescer as apostas de que a Fed poderia ir para uma subida de 75 pontos base, de modo a tentar conter a inflação – em máximos dos últimos 40 anos. E foi precisamente isso que aconteceu, tratando-se assim do maior incremento desde 1994.
Agora que foram divulgadas as atas dessa reunião, percebe-se que os responsáveis do banco central dos EUA estão a favor de um aumento de 50 ou novamente 75 pontos base dos juros diretores no encontro deste mês – a 26 e 27 de julho.