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Fed opõe-se a "alívio injustificado das condições financeiras"

Os membros da Fed mantiveram na última reunião de dezembro o seu compromisso para com a política monetária restritiva, alertando para as desvantagens de um "alívio injustificado das condições financeiras".

O banco central, liderado por Jerome Powell, deverá subir a sua taxa diretora pela primeira vez na reunião de março.
Brendan Smialowski/Reuters
04 de Janeiro de 2023 às 19:34
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A Reserva Federal norte-americana (Fed) mantém a convicção de que é necessário conduzir uma política monetária restritiva, tendo sublinhado as desvantagens de um possível "alívio injustificado das condições financeiras".

"Os participantes [do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC)] observaram que, uma vez que a política monetária tem tido um papel importante, através dos mercados financeiros, um alívio injustificado das condições financeiras iria complicar o esforço de restauração da estabilidade dos preços", sublinham as atas da Fed relativas à reunião de dezembro e divulgadas esta quarta-feira.

As atas dão ainda conta de que durante o encontro,"no geral, os participantes do Comité consideraram que é apropriado do ponto de vista da gestão dos riscos manter a política restritiva por um período sustentado [de tempo] até que a inflação esteja claramente a caminho da meta dos 2%".

As atas estão em linha com as declarações proferidas pelo presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, à margem da última reunião de política monetária, em que deixou claro que era necessário manter uma trajetória de subida das taxas de juro.

Powell não baixou a guarda frisou a necessidade de "novos aumentos" das taxas de juro, tendo ainda advertido que a política monetária ainda não entrou num nível "suficientemente restritivo".

Na última reunião, o Comité decidiu subir a taxa dos fundos federais em 50 pontos base, um abrandamento depois de quatro aumentos consecutivos de 75 pontos base para tentar travar a escalada da inflação, tendo a taxa de juro diretora passado assim para um intervalo entre 4,25% e 4,5%, em linha com as expectativas do mercado.

Na altura o banco central assegurou ainda que iria continuar a reduzir a dívida presente no balanço e reviu em alta as projeções económicas e referentes aos novos aumentos da taxa de juro diretora, também conhecidas como "dot plot".

O documento revela que os decisores norte-americanos apontam para que a taxa de juro diretora alcance o pico de 5,1% no próximo ano (revendo assim em alta face aos 4,6% estimados em setembro), para depois cair para 4,1% em 2024 e descendo para 3,1% em 2025.

No que toca à inflação, a Fed espera que esta termine numa mediana de 5,4% este ano, acima dos 5,6% estimados em setembro, devendo descer para 3,1% no próximo ano (abaixo dos 2,8% previstos anteriormente), caindo para 2,5% em 2024 e 2,1% em 2025.

(Notícia atualizada às 19:43).
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