Notícia
Fed abranda ritmo com aumento dos juros em 50 pontos base
A taxa de juro diretora nos Estados Unidos passa para um intervalo entre 4,25% e 4,5%, em linha com a expectativa do mercado.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) decidiu esta quarta-feira subir a taxa dos fundos federais em 50 pontos base, um abrandamento depois de quatro aumentos consecutivos de 75 pontos base para tentar travar a escalada da inflação.
A taxa de juro diretora passa assim para um intervalo entre 4,25% e 4,5%, em linha com as expectativas do mercado, que já tinha ouvido o presidente da Fed, Jerome Powell, no final de novembro, a reconhecer a possibilidade de abrandar o ritmo da subida dos juros diretores já neste encontro.
"Os mais recentes indicadores apontam para um crescimento modesto das despesas e da produção", pode ler-se no comunicado publicado na página do banco central. Além disso, os números do emprego "têm sido robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego tem-se mantido baixa".
A Fed frisa ainda que "a inflação permanece elevada" e que a guerra na Ucrânia, a par de outros fatores, está a "contribuir para uma pressão crescente da inflação" - que está a ter impacto na economia a nível global.
Os decisores norte-americanos antecipam ainda a necessidade "de aumentos contínuos" adequados para atingir "uma política monetária que seja suficientemente restritiva para devolver a inflação à meta dos 2% a longo prazo".
O ritmo dos próximos aumentos da taxa de juro de referência terá assim em conta o acumulado as subidas passadas das taxas de juro, assim como os "desfazamentos" da política monetária face à "atividade económica, à inflação e à evolução económica e financeira".
O banco central assegura ainda que vai continuar a reduzir a dívida detida no balanço, executando assim o plano anunciado em maio. "O Comité está empenhado em reduzir a inflação para a meta dos 2%", remata a Fed.
"Dot plot" revê em alta pico da taxa de juro diretora e da inflação
Além das decisões de política monetária, a Fed divulgou as projeções económicas e as perspetivas relativas às taxas de juro para os próximos tempos (um exercício conhecido no meio financeiro como "dot plot").
O documento revela que os decisores norte-americanos apontam para que a taxa de juro diretora alcance o pico de 5,1% no próximo ano (revendo assim em alta face aos 4,6% estimados em setembro), para depois cair para 4,1% em 2024 e descendo para 3,1% em 2025.
No que toca à inflação, a Fed espera que esta termine numa mediana de 5,4% este ano, acima dos 5,6% estimados em setembro, devendo descer para 3,1% no próximo ano (abaixo dos 2,8% previstos anteriormente), caindo para 2,5% em 2024 e 2,1% em 2025.
Já o PIB deve terminar este ano com um crescimento de 0,5%, valor que se deve repetir no final do próximo ano, para depois ser contemplada uma subida de 1,6% em 2024 e 1,8% dentro de três anos.
(Notícia atualizada às 19:32)
A taxa de juro diretora passa assim para um intervalo entre 4,25% e 4,5%, em linha com as expectativas do mercado, que já tinha ouvido o presidente da Fed, Jerome Powell, no final de novembro, a reconhecer a possibilidade de abrandar o ritmo da subida dos juros diretores já neste encontro.
A Fed frisa ainda que "a inflação permanece elevada" e que a guerra na Ucrânia, a par de outros fatores, está a "contribuir para uma pressão crescente da inflação" - que está a ter impacto na economia a nível global.
Os decisores norte-americanos antecipam ainda a necessidade "de aumentos contínuos" adequados para atingir "uma política monetária que seja suficientemente restritiva para devolver a inflação à meta dos 2% a longo prazo".
O ritmo dos próximos aumentos da taxa de juro de referência terá assim em conta o acumulado as subidas passadas das taxas de juro, assim como os "desfazamentos" da política monetária face à "atividade económica, à inflação e à evolução económica e financeira".
O banco central assegura ainda que vai continuar a reduzir a dívida detida no balanço, executando assim o plano anunciado em maio. "O Comité está empenhado em reduzir a inflação para a meta dos 2%", remata a Fed.
"Dot plot" revê em alta pico da taxa de juro diretora e da inflação
Além das decisões de política monetária, a Fed divulgou as projeções económicas e as perspetivas relativas às taxas de juro para os próximos tempos (um exercício conhecido no meio financeiro como "dot plot").
O documento revela que os decisores norte-americanos apontam para que a taxa de juro diretora alcance o pico de 5,1% no próximo ano (revendo assim em alta face aos 4,6% estimados em setembro), para depois cair para 4,1% em 2024 e descendo para 3,1% em 2025.
No que toca à inflação, a Fed espera que esta termine numa mediana de 5,4% este ano, acima dos 5,6% estimados em setembro, devendo descer para 3,1% no próximo ano (abaixo dos 2,8% previstos anteriormente), caindo para 2,5% em 2024 e 2,1% em 2025.
Já o PIB deve terminar este ano com um crescimento de 0,5%, valor que se deve repetir no final do próximo ano, para depois ser contemplada uma subida de 1,6% em 2024 e 1,8% dentro de três anos.
(Notícia atualizada às 19:32)