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Fed não mexe nos juros em dia de adeus de Yellen

A Reserva Federal norte-americana deixou inalterada a sua política monetária, no dia em que Janet Yellen presidiu pela última vez a esta instituição.

31 de Janeiro de 2018 às 19:00
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A Fed deixou inalterada a taxa dos fundos federais dos EUA, que se mantém num intervalo compreendido entre 1,25% e 1,5%. A decisão de não mexer nos juros era já esperada, naquela que foi a última vez que Janet Yellen presidiu a uma reunião do banco central.

O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) da Fed fez saber que planeia novas subidas dos juros, abrindo caminho para que o próximo aumento da taxa directora possa ocorrer já em Março, sob a batuta de Jerome Powell.

 

"O Comité espera que as condições económicas evoluam de modo a garantir mais subidas graduais da taxa dos fundos federais", refere o FOMC no seu comunicado.

Os responsáveis da Fed sublinharam também, no mesmo documento, que esperam que "a inflação aumente este ano e estabilize" em torno da sua meta de 2%. Em Dezembro, a inflação estava nos 1,7%.

 

Os membros do FOMC também aprovaram, de forma unânime, o nome de Powell para substituir Yellen – que já tinha sido confirmado no passado dia 24 pelo Senado.

 

A ainda presidente da Reserva Federal será substituída no sábado, 3 de Fevereiro, por Jerome "Jay" Powell – um nome que não provocou instabilidade nos mercados, já que se espera que mantenha a mesma linha de Yellen em matéria de subida gradual dos juros directores.

Yellen foi a primeira mulher a presidir à Fed e o seu mandato de quatro anos foi marcado pelo reinício da subida das taxas de juro directoras no país depois de sete anos em mínimos históricos.

 

Com efeito, após quase uma década sem subir os juros directores, que se mantiveram desde 2008 em mínimos históricos, entre 0% e 0,25%, foi sob a presidência de Yellen – em Dezembro de 2015 – que a Reserva Federal procedeu ao primeiro aumento, de 25 pontos base. E só um ano depois voltou a incrementá-los, e na mesma proporção. Em 2017 procedeu a três aumentos, sempre contidos (de 25 pontos base), e sinalizou uma redução do seu balanço.

 

Este ano, a instituição prevê três mexidas nas taxas de juro, tal como sucedeu em 2017. 

(notícia actualizada às 19:10)

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