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Fed dividida no apoio a subidas adicionais dos juros diretores

As atas da última reunião do banco central dos EUA mostram que alguns responsáveis pela política monetária defendem a continuação do aumento da taxa dos fundos federais e outros consideram que isso poderá já não ser necessário.

As atas do último encontro de política monetária indicam que a Fed espera uma recessão ligeira este ano.
Evelyn Hockstein/Reuters
24 de Maio de 2023 às 19:18
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Na sua última reunião de política monetária, realizada nos dias 2 e 3 de maio, a Reserva Federal norte-americana, liderada por Jerome Powell (na foto), voltou a subir os juros diretores, em linha com as expectativas do mercado. O banco central dos EUA anunciou um aumento de 25 pontos base da taxa dos fundos federais, que passou assim para um intervalo entre 5% e 5,25%. Agora, com a divulgação das atas do encontro, ficou a saber-se que não há unanimidade sobre o caminho futuro a seguir.

  

Segundo as atas da reunião, agora divulgadas, alguns membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed sublinharam que, tendo a economia evoluído de acordo com as suas perspetivas atuais, então talvez não fossem necessárias subidas adicionais dos juros – além das que foram definidas nessa reunião.

 

No entanto, alguns participantes salientaram que, com base nas suas estimativas de que os progressos de um retorno da inflação à meta dos 2% continuarão a ser inaceitavelmente lentos, "isso talvez exija uma firmeza adicional na política monetária a definir nas próximas reuniões", referem as atas.


A expectativa geral, por parte do mercado, é a de que a Fed volte a subir os juros na reunião de junho, para depois fazer uma pausa e iniciar em finais do ano um ciclo de cortes. Chegou-se a apontar para que o endurecimento da política monetária chegasse ao fim após o encontro de maio, mas agora já se sinaliza pelo menos mais uma subida.

O atual nível da taxa dos fundos federais, entre 5% e 5,25%, é um patamar que muitos responsáveis da Fed consideraram (em março) ser suficientemente restritivo para fazer descer a inflação. No entanto, a economia, o mercado laboral e as pressões nos preços têm revelado uma resiliência superior ao esperado, se bem que os apuros na banca – na sequência do colapso de quatro bancos regionais dos EUA – constituam potenciais revezes para o crescimento do país.

Assim, o encontro de política monetária de junho deverá trazer decisões em relação a uma pausa temporária ou a outra subida. "Muitos participantes nesta reunião de maio focaram-se na necessidade de se manter a opcionalidade", sublinham ainda as atas.

(Notícia atualizada às 19h43)

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