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Economistas do BCE esperam recessão de 8,7% na Zona Euro

Os economistas do Banco Central Europeu antecipam uma recessão muito profunda na Zona Euro este ano, com uma retoma em 2021 e 2022.

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Os economistas do Banco Central Europeu (BCE) antecipam uma contração de 8,7% na Zona Euro, este ano. A projeção representa uma revisão "substancial", em baixa, das expectativas que os peritos tinham há apenas três meses, em março, sublinhou a presidente do BCE, Christine Lagarde.

As projeções antecipam uma queda da atividade económica a "um ritmo nunca visto no segundo trimestre, recuperando no terceiro trimestre", avisou Christine Lagarde, antes de anunciar os números do boletim do BCE, que será publicado esta tarde. A expectativa é que depois da forte contração deste ano, a economia da Zona Euro regresse ao crescimento no próximo ano. O PIB deverá subir 5,2% em 2021 e 3,3% em 2022.

Comparando os números com as projeções de março, a revisão em baixa é muito significativa. Há três meses, os economistas do BCE ainda acreditavam num crescimento de 0,8% do PIB este ano, assinalando uma tendência de melhoria para 1,3% em 2021 e 1,4% em 2022. 

As projeções para a inflação indicam que o BCE ficará longe do seu objetivo durante muito tempo. Para este ano, a expectativa é de uma inflação de 0,3%. Em 2021, esperam-se 0,8% e em 2022 uma subida para 1,3%. Ou seja, nem daqui por dois anos a inflação estará perto do limiar de 2%, definido no mandato da organização liderada por Christine Lagarde.

A presidente do BCE sublinhou que as medidas de confinamento aplicadas por causa da pandemia afetaram "severamente a indústria e os serviços" e deu conta de alguns indicadores que "sugerem um ponto de viragem em maio, com o alívio das medidas de confinamento." Ainda assim, os tempos são de incerteza extraordinariamente elevada, reconheceu.

Junk Bonds não são opção, por enquanto
Durante a conferência de imprensa onde explicou a decisão de reforçar as medidas de apoio à economia, Christine Lagarde garantiu que vai analisar os desenvolvimentos do mercado com atenção, mas para já, afastou a discussão de incluir a compra de "junk bonds" no seu programa especial para combater a pandemia (PEPP). 

A opção, por enquanto, foi a de reforçar o envelope disponível em 600 mil milhões de euros (para 1.350 mil milhões), e alargar o programa por seis meses, até junho de 2021.

Lagarde garantiu que a decisão de reforçar o montante do programa foi tomada com "consenso geral" e assegurou que a medida já se provou "eficaz e bem sucedida", tendo prevenido uma queda espiral nos mercados. Adiantou ainda que as previsões para a inflação e para as condições financeiras dos mercados "significam que o plano pandémico necessitava de ser reforçado".
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