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Centeno vê sinais positivos dos salários para BCE descer taxas de juro

Para o governador do Banco de Portugal, o abrandamento dos salários é "condição essencial" para que o BCE possa descer as taxas de juro. Mário Centeno não se compromete com datas.

O Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, durante a apresentação do Boletim Económico de março
Susana Paula susanapaula@negocios.pt 22 de Março de 2024 às 13:03
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, vê sinais positivos no abrandamento do crescimento dos salários para que o Banco Central Europeu (BCE) possa baixar as taxas de juro, mas sem se comprometer com uma data.

"Em abril vamos ter informação adicional, sobre a inflação em março e a evolução dos salários. O já aprendemos sobre os salários, uma das variáveis mais faladas desde o início do ano, foi que os salários do quarto trimestre de 2023 cresceram muito abaixo do que tinham crescido nos trimestres anteriores", afirmou o governador.

Mário Centeno respondia assim a uma questão colocada sobre quando é que o BCE devia começar a descer juros, em abril ou junho. O responsável tem assento no Conselho de Governadores do BCE e defende que Frankfurt está em condições para começar a baixar os juros.  

"Nós temos um princípio do qual não me vou afastar: de que as decisões são tomadas reunião a reunião com todos os dados conhecidos", afirmou. 

Tal como o Negócios escreveu recentemente, segundo dados do BCE com base no Eurostat, no final do ano passado o salário médio por trabalhador subiu 4,6% em termos homólogos. Mas a subida fica abaixo dos 5,1% do trimestre anterior e mantém a tendência de abrandamento iniciada no segundo trimestre de 2023.

"A minha leitura pessoal é que este abrandamento dos salários é condição essencial para que toda a previsão que é apresentada e todas as perspetivas se possam materializar", disse.

Além disso, Centeno frisou que uma economia que não cresce, apesar de o emprego e os salários aumentarem, "não é sustentável".

Centeno não se comprometeu com datas para a redução das taxas de juro, mas terminou: "em abril podemos tomar decisões".
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