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BCE subiu com sólida maioria taxas de juro em setembro, mostram atas do BCE
Alguns membros do BCE argumentaram que uma pausa na subida das taxas de juro poderia encorajar a especulação de que o ciclo de subida tinha terminado, aumentando o risco de uma recuperação da inflação.
12 de Outubro de 2023 às 17:25
O conselho do BCE aprovou na reunião de setembro, por uma sólida maioria, aumentar as taxas em 0,25 pontos, para 4,5%, porque continua preocupado com a inflação e com possíveis impactos nos preços da energia.
As atas da reunião do BCE (Banco Central Europeu) de 13 e 14 de setembro, divulgadas esta quinta-feira, mostram que alguns membros do BCE argumentaram que uma pausa na subida das taxas de juro poderia encorajar a especulação de que o ciclo de subida tinha terminado, aumentando o risco de uma recuperação da inflação.
"Esta situação exigiria uma nova vaga de restrições monetárias mais tarde, o que poderia ter consequências adversas para os mercados imobiliários e para a estabilidade financeira em geral", acrescenta a ata.
Os membros do BCE que votaram a favor do aumento do preço do dinheiro em setembro consideraram que não o fazer poderia ter enviado um sinal de que "o conselho do BCE estava mais preocupado com a economia e uma possível recessão do que com uma inflação demasiado elevada".
No entanto, alguns membros manifestaram a sua preferência pela manutenção das taxas de juro, por considerarem que os dados disponíveis desde julho não justificavam um novo aumento, uma vez que a economia tinha enfraquecido acentuadamente e que se esperava que a inflação regressasse ao objetivo de 2%.
Além disso, estes membros do BCE consideravam que os riscos para a inflação estavam agora equilibrados e que, embora os preços do petróleo tivessem subido, o aumento poderia ser temporário.
Os defensores da manutenção das taxas de juro em setembro afirmaram também que grande parte da repercussão das anteriores subidas das taxas na economia ainda não se tinha verificado.
Por conseguinte, consideraram que uma pausa em setembro teria tido a vantagem de "proporcionar tempo para avaliar o impacto das decisões anteriores na economia e para avaliar se o abrandamento era mais profundo do que o esperado e se a inflação estava a descer como previsto, sem necessidade de um novo aumento das taxas de juro".
Os defensores da manutenção das taxas em setembro também argumentaram que o aumento das taxas criava o risco de uma repetição de 2011, quando o BCE aumentou as taxas de juro e depois teve de as baixar rapidamente devido às consequências económicas da crise da dívida soberana.
Previram também que, se a inflação pudesse descer para 2% no último trimestre de 2025, seria preferível um ritmo mais lento de subidas, aumentando a probabilidade de uma aterragem suave da economia.
E alertaram para os custos económicos e sociais de uma aterragem brusca.
Além disso, "os riscos de subir nessa altura e ter de inverter a tendência mais tarde se a economia enfraquecesse mais do que o esperado eram maiores do que os de introduzir uma pausa no ciclo ascendente e ter de subir as taxas de juro numa das reuniões seguintes", acrescenta a ata.
As atas da reunião do BCE (Banco Central Europeu) de 13 e 14 de setembro, divulgadas esta quinta-feira, mostram que alguns membros do BCE argumentaram que uma pausa na subida das taxas de juro poderia encorajar a especulação de que o ciclo de subida tinha terminado, aumentando o risco de uma recuperação da inflação.
Os membros do BCE que votaram a favor do aumento do preço do dinheiro em setembro consideraram que não o fazer poderia ter enviado um sinal de que "o conselho do BCE estava mais preocupado com a economia e uma possível recessão do que com uma inflação demasiado elevada".
No entanto, alguns membros manifestaram a sua preferência pela manutenção das taxas de juro, por considerarem que os dados disponíveis desde julho não justificavam um novo aumento, uma vez que a economia tinha enfraquecido acentuadamente e que se esperava que a inflação regressasse ao objetivo de 2%.
Além disso, estes membros do BCE consideravam que os riscos para a inflação estavam agora equilibrados e que, embora os preços do petróleo tivessem subido, o aumento poderia ser temporário.
Os defensores da manutenção das taxas de juro em setembro afirmaram também que grande parte da repercussão das anteriores subidas das taxas na economia ainda não se tinha verificado.
Por conseguinte, consideraram que uma pausa em setembro teria tido a vantagem de "proporcionar tempo para avaliar o impacto das decisões anteriores na economia e para avaliar se o abrandamento era mais profundo do que o esperado e se a inflação estava a descer como previsto, sem necessidade de um novo aumento das taxas de juro".
Os defensores da manutenção das taxas em setembro também argumentaram que o aumento das taxas criava o risco de uma repetição de 2011, quando o BCE aumentou as taxas de juro e depois teve de as baixar rapidamente devido às consequências económicas da crise da dívida soberana.
Previram também que, se a inflação pudesse descer para 2% no último trimestre de 2025, seria preferível um ritmo mais lento de subidas, aumentando a probabilidade de uma aterragem suave da economia.
E alertaram para os custos económicos e sociais de uma aterragem brusca.
Além disso, "os riscos de subir nessa altura e ter de inverter a tendência mais tarde se a economia enfraquecesse mais do que o esperado eram maiores do que os de introduzir uma pausa no ciclo ascendente e ter de subir as taxas de juro numa das reuniões seguintes", acrescenta a ata.