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Banco de Inglaterra mantém juros inalterados, mas já há quem admita cortes

A taxa de juro diretora mantém-se assim em 5,25%, com o voto a favor de oito membros do Comité de política monetária do banco central, contra o voto de um membro, que preferia que os cortes de juros diretores já tivessem começado, em concreto com uma redução de 25 pontos base para 5%.

Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 21 de Março de 2024 às 12:15
O Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu manter a taxa de referência inalterada, em linha com o que era esperado pelo mercado e pelos analistas, tendo assim acompanhado as mais recentes decisões da Reserva de Federal (Fed) norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE), de não mexer nos juros diretores.

A taxa de juro diretora mantém-se, assim, em 5,25%, com o voto a favor de oito membros do Comité de política monetária do banco central, contra o voto de um membro, que preferia que os cortes de juros diretores já tivessem começado, em concreto com uma redução de 25 pontos base para 5%.

O banco central justificou a decisão de manter os juros diretores inalterados, devido ao facto "de os principais indicadores sobre a resiliência da inflação se manterem elevados", apesar do índice de preços no consumidor ter vindo "a diminuir de forma relativamente acentuada, em parte devido aos efeitos externos dos preços dos bens e da energia.

Quanto a potenciais cortes de juros diretores no futuro, a instituição liderada por Andrew Bailey não refere uma palavra, assegurando apenas que o Comité "continua preparado para fazer ajustes na política monetária, se for justificado pelos dados económicos de maneira a devolver a inflação a 2%, de forma sustentável a médio prazo".

Por outro lado, o banco central considera que a "política monetária terá de se manter restritiva durante tempo suficiente, de modo a devolver a inflação à meta dos 2%"e recorda que o Comité "deste o outono do ano passado que avalia se a política monetária deve ser restritiva durante um longo período de tempo até que o risco da inflação se fixar acima dos 2% desapareça".

Para tal, o banco central vai continuar "a acompanhar de perto os sinais sobre as pressões inflacionistas e de resiliência da economia como um todo", incluindo os dados sobre o mercado laboral, o crescimento salarial e a inflação dos preços dos serviços.

Inflação deve cair abaixo dos 2% no segundo trimestre deste ano

Olhando para o futuro, a autoridade monetária liderada por Andrew Bailey acredita que a inflação deverá "cair abaixo da meta dos 2% no segundo trimestre", uma previsão "marginalmente mais baixa do que era esperado anteriormente, devido ao congelamento do imposto sobre os combustíveis, que foi anunciado no âmbito do orçamento", explica a instituição. A inflação britânica abrandou de 4% em janeiro para 3,4% em fevereiro.

Já no que diz respeito ao crescimento da economia do Reino Unido, o banco central estima, que depois da contração do PIB, ao longo do segundo semestre de 2023, deve haver um novo crescimento durante o primeiro semestre deste ano, até porque "os inquéritos às empresas continuam a ser consistentes com uma melhoria das perspetivas sobre a atividade" económica.

Além disso, o PIB deverá receber um impulso do orçamento de primavera, segundo antecipa a autoridade monetária.

(Notícia atualizada às 12:36 horas).
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