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Banco de Inglaterra mantém juros de referência inalterados em 5,25%

A taxa de juro de referência fica inalterada em 5,25%, tendo a decisão recebido seis votos a favor da totalidade dos membros do Comité de Política monetária do banco central, contra três O banco central não se pronuncia sobre a aposta do mercado em potenciais cortes de juros no próximo ano, mas deixa claro que a polítiva monetária se de deve manter "restritiva durante um longo período de tempo".

Banco de Inglaterra terá em atenção o facto de a inflação estar a ceder. Mas ainda não é hora de mudar agulhas e aumento de juros é para continuar.
Andy Rain/Epa
14 de Dezembro de 2023 às 12:13
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Um dia depois da Reserva Federal (Fed) norte-americana, foi a vez do Banco de Inglaterra manter a taxa de juro de referência inalterada em 5,25%, de acordo com o comunicado publicado esta quinta-feira pela autoridade monetária.

A decisão recebeu seis votos a favor e três contra dos membros do Comité de Política Monetária do banco central. Três dos decisores de política monetária que participaram na reunião, e que votaram contra, preferiam um aumento de 25 pontos base. 

No que diz respeito ao "tema quente do momento", ou seja a especulação no mercado sobre potenciais cortes dos juros diretores no próximo ano, o Banco de Inglaterra não faz uma menção a estas previsões do mercado, mas deixa claro que a postura adotada em novembro se mantém: a política monetária deve manter-se em terreno restritivo durante algum tempo, apesar da descida "acentuada" da inflação de 6,7% em setembro para 4,6% em outubro.

Atualmente, o mercado incorpora nos preços dos derivados sobre taxas de juro uma redução total de 120 pontos base na taxa de juro diretora britânica no próximo ano. 

"Como já foi ilustrado pelas projeções de novembro, o Comité continua a considerar que, provavelmente, a política monetária deverá continuar a ser restritiva durante um longo período de tempo", frisa o BoE, que acrescenta que se a pressão da inflação for persistente "será necessário um maior aperto monetário".

O banco central garante que continuará a acompanhar os movimentos da inflação, e a tirar o pulso à economia, especificando que vai monitorizar as "condições do mercado de trabalho, a evolução dos salários e a inflação dos preços nos serviços".

A autoridade monetária liderada por Andrew Bailey alerta ainda que apesar do recuo da inflação, os "principais indicadores sobre a persistência da inflação continuam elevados".

Olhando para os próximos meses, o Banco de Inglaterra estima que a inflação se mantenha próxima dos níveis atuais na passagem para janeiro, e que, em concreto, a inflação nos serviços "aumente temporariamente em janeiro, devido a um efeito base.

A curto prazo, "a queda dos preços da energia" deve levar a inflação a descer mais do que foi projetado pelo banco central em novembro, de acordo com o Comité. Já o PIB deve "manter-se amplamente estável" neste último trimestre do ano e nos próximos.

(Notícia atualizada às 12:36 horas).
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