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Trump mantém confiança em Flynn que já pediu desculpas ao vice-presidente

O destino do criticado assessor de Segurança Nacional de Donald Trump ficou esclarecido esta segunda-feira, com a Casa Branca a quebrar quatro dias de silêncio, através de uma assessora que garantiu que Michael Flynn mantém a confiança presidencial.

Reuters
13 de Fevereiro de 2017 às 23:14
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A polémica que tem cercado Flynn resultou de este ter alegadamente mentido sobre os seus contactos com o Kremlin, no seguimento de notícias que davam conta de ter discutido as sanções dos EUA à Rússia com representantes russos antes da tomada de posse do novo Presidente, o que desmentiu.

 

Flynn já pediu desculpa, em privado, ao vice-presidente Mike Pence, segundo uma fonte da Casa Branca, que falou sob anonimato. Pence, com base em informação prestada por Flynn, garantiu publicamente que este tenente-general reformado do Exército não discutiu as sanções com o embaixador russo nos EUA, Sergey Kislyak. Mas Flynn já admitiu que o tema das sanções pode ter surgido durante as chamadas telefónicas.

 

O próprio Trump continua sem dizer nada sobre Flynn, depois de o Washington Post ter noticiado na semana passada que as sanções foram assunto de conversa. Mas hoje a conselheira da Casa Branca Kellyanne Conway disse que Flynn tinha a confiança de Trump.

 

Na sexta-feira passada, o Washington Post noticiou que Flynn falou sobre as sanções contra a Rússia durante contactos telefónicos com Kislyak. As notícias contradizem os desmentidos repetidos dos assessores de Trump, incluindo o vice-presidente Pence, que defendeu Flynn durante uma entrevista televisiva.

 

Mas Flynn já reconheceu a dirigentes da Casa Branca que o tema pode ter surgido nas chamadas, feitas no tempo das sanções aplicadas pelo anterior Presidente, Barack Obama, à Federação Russa por interferências nas eleições presidenciais norte-americanas.

 

É ilegal a condução da política externa dos EUA por cidadãos privados. As conversas de Flynn também levantam questões sobre a amizade de Trump em relação à Federação Russa, em particular depois de os serviços de informações dos EUA terem concluído que piratas informáticos russos atacaram o correio eletrónico do Partido Democrático durante as eleições.

 

Flynn sentou-se hoje na primeira fila da conferência de imprensa de Trump com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. Mas Trump recusou responder a perguntas sobre o futuro de Flynn.

 

A líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, apelou à demissão de Flynn, dizendo que "não merece confiança por colocar (o presidente russo) Putin antes da América".

 

Stephen Miller, o principal conselheiro político de Trump, fugiu à questão durante várias entrevistas no domingo, dizendo que não estava em condições de falar sobre "assuntos sensíveis" ou de esclarecer se Trump mantinha a confiança em Flynn.

 

O governador de Nova Jérsia, Chris Christie, que liderou a equipa de transição de Trump, disse que Flynn teria de explicar as suas declarações contraditórias sobre as suas conversas com Kislyak a Trump e Pence.

 

"O general Flynn tem dito que não falou nada sobre esse assunto ao embaixador russo. Penso que agora diz que não se lembra se falou ou não", afirmou Christie na cadeia televisiva CNN. "É uma conversa que tem de ter com o presidente e o vice-presidente para esclarecer isto". 

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