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Trump: "As pessoas pensavam que isto nunca ia acontecer, mas está a acontecer"

Na conferência de imprensa após a cimeira histórica, Donald Trump disse que vão existir encontros na Casa Branca e Pyongyang. As sanções mantêm-se, mas irão ser levantadas quando houver sinais da desnuclearização.

Reuters
12 de Junho de 2018 às 09:57
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Donald Trump afirmou esta terça-feira, 12 de Junho, em Singapura, que "as pessoas pensavam que isto nunca ia acontecer, mas está a acontecer". O presidente norte-americano referia-se ao acordo para a desnuclearização da Coreia do Norte assinado na cimeira histórica. No entanto, as sanções dos EUA à península vão manter-se até haver sinais de desenvolvimentos sólidos num processo que Trump admite ser longo.

Em conferência de imprensa após a cimeira, o presidente dos Estados Unidos - que não dorme há 25 horas - resumiu o resultado como sendo positivo. "A reunião foi tão positiva para os EUA como para a Coreia do Norte", garantiu Trump, assinalando que "há sete meses" que não há um teste nuclear desenvolvido por Pyongyang. "Acredito que ele quer fazer isto", disse, em relação a Kim Jong-Un, assinalando que fará "o que for necessário para fazer do mundo um sítio mais seguro".

Contudo, ainda não existem prazos para a implementação dos compromissos assumidos. Donald Trump recusou delinear datas para a verificação da desnuclearização, os respectivos encontros bilaterais em Washington e Pyongyang e a troca de diplomatas entre os dois países. Ainda assim, Trump adiantou que existe um lugar de testes de mísseis que já está a ser destruído. 
Mas a erradicação total das armas nucleares não será para breve. O presidente norte-americano admitiu que o processo de desnuclearização vai ser "longo", mas assegurou que será tão rápido quanto a ciência permitir. Estes desenvolvimentos estarão ligados ao levantar das sanções, que continuarão até haver sinais de que o processo está a ser levado a sério pelas autoridades norte-coreanas. 

E se o acordo não for cumprido? "Não quero ameaçar", disse Trump, recusando-se a admitir a hipótese de o acordo não ser cumprido. "Vamos ter certezas em breve porque as negociações vão continuar", afirmou, sugerindo que na próxima semana o secretário de Estado, Mike Pompeo, irá dar continuidade às discussões com os norte-coreanos, mas também com a China e a Coreia do Sul, países que os EUA querem envolver neste processo.

Trump deu destaque à questão económica, argumentando que os EUA vão poupar com este acordo em comparação com intervenções militares passadas. Uma das poupanças passa por retirar as forças norte-americanas da península coreana. No entanto, os EUA também vão enviar dinheiro para ajudar a economia da Coreia do Norte.

"Kim Jong-un tem uma oportunidade de ser relembrado como o líder que trouxe a prosperidade para o seu povo", afirmou Donald Trump, destacando que está preparado para "escrever um novo capítulo entre as duas nações".

Numa conferência de imprensa de uma hora, Trump classificou o evento de "muito importante para a história mundial", referindo que a
 guerra na península irá acabar formalmente "em breve". "Toda a gente pode fazer guerra, mas só os mais corajosos podem fazer a paz", disse o presidente norte-americano no discurso inicial. 

Em resposta aos jornalistas, Donald Trump foi fiel a si próprio. O presidente norte-americano afirmou que, "daqui a seis meses", pode vir a estar "errado", em comparação com o que disse hoje, mas logo a seguir garantiu que não o irá admitir. "Nunca o vou admitir... irei inventar uma desculpa", rematou. E confessou que fez uma comparação com o imobiliário para convencer Kim Jong-un: "Em vez de instalações nucleares, pode ter grandes hotéis aqui", disse Trump, dando ênfase ao "grande potencial" da Coreia do Norte por causa da sua localização geográfica. 

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