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Três cidades africanas competem para tocar no céu

O que é que a África do Sul, a Costa do Marfim e Marrocos têm em comum? Os três países do sul, oeste e norte de África estão a competir para ver quem constrói o edifício mais alto do continente.

Bloomberg
19 de Janeiro de 2020 às 14:00
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O Leonardo, no sofisticado bairro de Sandton, em Joanesburgo, tem 234 metros de altura e ostenta atualmente o prestigiado título. No entanto, não muito tempo depois de ter sido oficialmente inaugurado em outubro, o arranha-céu deverá ser superado pela torre Mohammed VI, na capital marroquina de Rabat, nos próximos três anos.

A construção do edifício de 250 metros de altura começou há um ano e, quando for concluída, "terá 55 andares para abrigar um hotel de luxo, escritórios de prestígio e apartamentos luxuosos, além de um observatório no topo da torre", de acordo com Leila Haddaoui, subdiretora da O Tower, uma subsidiária do grupo privado FinanceCom, que encomendou e financiou o projeto.

A construção está em vias de ser concluída em maio de 2022, acrescentou Bjorn Walgraeve, diretor do projeto da Besix Group, da Bélgica, que assinou o contrato de construção em outubro de 2018. "Atualmente, existem 300 pessoas no local, mas aumentará para 2 mil no pico", disse.

Mais a sul, outra candidata à torre mais alta de África é a torre F, que está a ser construída na capital comercial da Costa do Marfim, Abidjan. A construção ainda está em curso, mas a PFO Africa, uma empresa controlada pelo arquiteto Pierre Fakhoury, já a classificou como a mais alta do continente, com 283 metros quando a obra for finalizada.

A torre F será "uma façanha arquitetónica, com uma geometria simétrica, como uma máscara africana", diz a PFO no site.

Os superlativos não são novidade para Fakhoury. Ele projetou a Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro, na cidade natal do ex-presidente da Costa do Marfim, Felix Houphouet Boigny. A torre F será usada para serviços e escritórios do governo, de acordo com o site da PFO.

África chegou atrasada à festa dos prédios altos: nove dos dez arranha-céus mais altos do mundo estão na Ásia e Médio Oriente, e foram todos construídos na última década. Mesmo quando a torre F for construída, terá cerca de um terço da altura do edifício mais alto do mundo - o Burj Khalifa, no Dubai. A icónica Torre Eiffel, em Paris, concluída há mais de 130 anos em 1889, tem 324 metros de altura no seu ponto mais alto.

"Depois do 11 de setembro, todo o mundo pensou por um momento que seria o fim dos arranha-céus e é exatamente o contrário", disse Eitan Karol, presidente da Louis Karol Architects, em entrevista por telefone da Cidade do Cabo. "As pessoas naturalmente gostam de prédios altos porque são um símbolo importante e trazem algo à cidade", afirmou.

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