Notícia
Scholz recebe Milei para falar da reforma argentina e do seu impacto na população
Desde que tomou posse, há cerca de seis meses, é a primeira vez que Milei se reúne com um chefe de governo social-democrata.
23 de Junho de 2024 às 15:32
O chanceler alemão, Olaf Scholz, recebeu este domingo o presidente argentino, Javier Milei, a quem manifestou a sua convicção de que ao introduzir reformas no país é necessário ter em conta o seu impacto na população.
"O chanceler e o presidente Milei falaram sobre os propósitos da reforma argentina e as suas repercussões para a população. Nesse sentido, Olaf Scholz disse que, do seu ponto de vista, a proteção da coesão social deve ser critério essencial", adiantou o governo alemão, em comunicado.
Os dois dirigentes também abordaram as negociações para um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os estados do Mercosul, sendo consenso que estas deverão ser concluídas rapidamente, acrescentou.
Berlim manifestou o seu apoio à possível entrada da Argentina na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A reunião, que durou cerca de uma hora, centrou-se nas relações bilaterais, nomeadamente questões económicas, comerciais, energéticas e de proteção climática.
Desde que tomou posse, há cerca de seis meses, é a primeira vez que Milei se reúne com um chefe de governo social-democrata.
"É uma reunião de trabalho muito curta", explicou na sexta-feira um porta-voz do executivo alemão que atribuiu o cancelamento de alguns pontos da agenda à "clara recusa" de Milei em participar, depois, numa conferência de imprensa.
Em entrevista ao semanário "Wirtschaftswoche", o embaixador argentino na Alemanha, Fernando Brun, explicou que o encontro com Scholz trataria principalmente das relações económicas, visto que, é um "bom momento" para fechar acordos, por exemplo, na extração de lítio, matéria-prima essencial para Berlim para o fabrico de baterias.
"Em questões comerciais, Javier Milei está claramente mais próximo de Olaf Scholz do que da AfD (extrema-direita alemã) ou de Marine Le Pen em França", disse o embaixador.
A Alemanha é o oitavo investidor estrangeiro na Argentina, atrás de países como Estados Unidos e Espanha.
SVF // ACL
Lusa/Fim
"O chanceler e o presidente Milei falaram sobre os propósitos da reforma argentina e as suas repercussões para a população. Nesse sentido, Olaf Scholz disse que, do seu ponto de vista, a proteção da coesão social deve ser critério essencial", adiantou o governo alemão, em comunicado.
Berlim manifestou o seu apoio à possível entrada da Argentina na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A reunião, que durou cerca de uma hora, centrou-se nas relações bilaterais, nomeadamente questões económicas, comerciais, energéticas e de proteção climática.
Desde que tomou posse, há cerca de seis meses, é a primeira vez que Milei se reúne com um chefe de governo social-democrata.
"É uma reunião de trabalho muito curta", explicou na sexta-feira um porta-voz do executivo alemão que atribuiu o cancelamento de alguns pontos da agenda à "clara recusa" de Milei em participar, depois, numa conferência de imprensa.
Em entrevista ao semanário "Wirtschaftswoche", o embaixador argentino na Alemanha, Fernando Brun, explicou que o encontro com Scholz trataria principalmente das relações económicas, visto que, é um "bom momento" para fechar acordos, por exemplo, na extração de lítio, matéria-prima essencial para Berlim para o fabrico de baterias.
"Em questões comerciais, Javier Milei está claramente mais próximo de Olaf Scholz do que da AfD (extrema-direita alemã) ou de Marine Le Pen em França", disse o embaixador.
A Alemanha é o oitavo investidor estrangeiro na Argentina, atrás de países como Estados Unidos e Espanha.
SVF // ACL
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