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Rússia considera "inaceitável" ameaças dos EUA contra Governo sírio

O Kremlin declarou hoje que são inaceitáveis as ameaças de retaliação por parte da Casa Branca contra o Governo sírio, depois de os Estados Unidos acusarem o regime de Bashar al-Assad estar a preparar um ataque químico.

Bloomberg
27 de Junho de 2017 às 12:19
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"Nós consideramos inaceitáveis tais ameaças contra o Governo sírio", disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

 

Os Estados Unidos declararam, na segunda-feira à noite, que se o Presidente sírio lançar um ataque químico, "ele e o seu exército pagarão um alto preço".

 

Num comunicado, a Casa Branca afirmou que "havia identificado potenciais preparativos de um outro ataque químico do regime sírio de Al-Assad, que poderia provocar um massacre de civis".

 

O porta-voz do Kremlin negou esta alegação, referindo que a responsabilidade do ataque químico de 4 de Abril em Khan Cheikhoun, na província de Idleb, que fez 88 mortos, "não pode ser atribuída às forças armadas sírias", pois não houve uma investigação imparcial.

 

"Se não houve uma investigação culpar Al-Assad é impossível, ilegítimo e injusto", disse Peskov, acrescentando que desconhece "as razões" ou as provas que motivaram tais acusações de Washington.

 

"Eu não tenho informações relacionadas a uma ameaça com armas químicas", assegurou, atribuindo ao grupo Estado Islâmico (EI) e outros pequenos grupos islâmicos os anteriores ataques químicos na Síria.

 

A Rússia é um dos maiores aliados do regime de Bashar Al-Assad, que alega ter entregado todas as suas armas químicas.

 

O ataque químico de Khan Cheikhoun causou indignação em todo o mundo. Muitos países, especialmente os ocidentais, acusaram o regime sírio de ser responsável pelo incidente.

 

Os Estados Unidos responderam aos eventos Khan Cheikhoun, na madrugada de 7 de Abril, com 59 mísseis Tomahawk lançados de dois navios americanos no Mar Mediterrâneo sobre a base aérea das forças sírias em Al-Chaayrate, perto da cidade de Homs, o que irritou a Rússia.

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