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Putin reaparece 11 dias depois e bem de saúde

O presidente russo colocou um ponto final às especulações em torno do seu estado de saúde ao surgir novamente em público depois de 11 dias longe das objectivas. Depois de vários rumores tendo mesmo sido aventada a sua morte, Putin diz que "a vida, sem rumores, seria aborrecida".

Maxim Zmeyev/Reuters
16 de Março de 2015 às 12:32
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O presidente russo Vladimir Putin surgiu finalmente em público, afastando assim os rumores em torno do seu estado de saúde. Esta segunda-feira, 16 de Março, em São Petersburgo, Putin esteve reunido com o seu homólogo do Quirguistão, Almazbek Atambayev.

 

Ao longo de 11 dias de ausência, com o adiamento ou cancelamento de vários actos oficiais, como foi o caso da visita a Astana, Cazaquistão, agendada para quinta-feira da semana passada, Vladimir Putin, de 62 anos, esteve envolto em vários rumores, a maioria dos quais relativos ao real estado de saúde do presidente russo, tendo havido espaço, inclusivamente, para teorias que aventavam a morte do antigo homem do KGB.

 

Perante tais dúvidas, Putin esclareceu esta manhã, citado pelo Guardian, que "a vida, sem rumores, seria aborrecida". De acordo com este jornal britânico, ao longo deste domingo, a explicação para Putin estar desaparecido desde o dia 5 de Março - altura em que Matteo Renzi visitou Moscovo - será bem mais simples: uma constipação ou dores nas costas. Há alguns anos, Putin também esteve afastado da agenda oficial russa devido a uma hérnia discal contraída no judo, modalidade praticada pelo governante há já vários anos.

 

No entanto, surgem notícias a confirmar cada uma das duas explicações atrás referidas. O canal de televisão Rain refere que Putin terá somente padecido de uma forte constipação, tendo-se retirado para a residência em Valdai, situada a meio caminho entre Moscovo e São Petersburgo. Já o jornal austríaco Kurier assegura que Putin foi tratado, na capital russa, a problemas nas costas.

 

"Mistificações jornalísticas"

 

O desaparecimento do líder russo, que perdurou uma semana e meia, deu origem a uma profusão de rumores, cuja magnitude fez até lembrar situações mais características de regimes como, por exemplo, a Coreia do Norte. Primeiro foi sendo avançado que Putin estaria doente, ou mesmo gravemente doente.

 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, tentou pôr fim a esses rumores notando que Putin permanece com tanto vigor que o seu "aperto de mão é tão forte que pode até quebrar mãos". Na sexta-feira passada, o Kremlin enviou imagens para a televisão estatal russa onde Putin surgia junto ao presidente do supremo tribunal, Vyacheslav Lebedev. O Kremlin assegurava que essas imagens eram dessa mesma sexta-feira, 13 de Março.

 

Ainda mais imaginativa terá sido a notícia de que Putin havia sido deposto da presidência russa. Houve ainda espaço para a notícia de que Putin, divorciado desde o ano passado, teria estado na Suíça para assistir ao parto do seu filho com a actual namorada, a ginasta Alina Kabaeva. Em relação a esta possibilidade, Peskov, citado pelo Independent, garantiu "não ser verdade", e anunciou estar a pensar planear uma competição "para a melhor mistificação jornalística". 

 

A hipotética morte de Putin ou uma ida aos Estados Unidos foram outras das teorias da conspiração em torno de uma personalidade que não rejeita o culto da sua própria figura. Culto que se adensa quanto maior for o mistério à sua volta.

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