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Putin escolhe diretor do fisco para primeiro-ministro da Rússia

A nova revisão constitucional é vista como um esforço de Putin para conquistar uma nova posição de poder, permitindo-lhe permanecer no comando do Estado após o seu mandato atual, que termina em 2024.

15 de Janeiro de 2020 às 16:53
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O presidente russo não demorou muito tempo a escolher o sucessor de Dmitri Medvedev, que pediu a demissão de líder do Governo esta quarta-feira.

 

Vladimir Putin foi ao fisco do país para escolher o novo primeiro-ministro. Mikhail Mishustin, de 53 anos e que até aqui liderava o Federal Tax Service, vai ocupar o lugar de Medvedv, que foi primeiro-ministro russo nos últimos oito anos.

 

Medvedev apresentou hoje a sua demissão e da sua equipa, o que significa a queda do Governo, tomando esta iniciativa momentos depois do discurso de Vladimir Putin sobre o estado da nação, em que o Presidente propôs a realização de um referendo sobre reformas da Constituição para reforçar os poderes do parlamento, preservando o caráter presidencial do sistema político que dirige há 20 anos.

 

Medvedev, um aliado de Putin de longa data, é primeiro-ministro desde 2012, tendo ocupado o cargo de Presidente da Rússia entre 2008 e 2012. Na altura Medvedv trocou de lugar com Putin, que era primeiro-ministro, sendo que para tal acontecer também foi necessário implementar uma alteração à constituição.

 

De acordo com a imprensa internacional e os analistas, a nova revisão constitucional é vista como um esforço de Putin para conquistar uma nova posição de poder, permitindo-lhe permanecer no comando do Estado após o seu mandato atual, que termina em 2024.

 

Para Putin chegar ao cargo de presidente em 2012, Medvedv teve na altura que apresentar a sua demissão. Foi depois escolhido por Putin para liderar o Governo. Agora demitiu-se do cargo de primeiro-ministro, mas também já tem novas funções escolhidas. Será vice-presidente do conselho de segurança e reportará a Putin.

 

Putin sugeriu como uma das emendas à Constituição que os deputados passem a nomear o primeiro-ministro e os membros do executivo, direito que pertence agora ao chefe de Estado.

 

Entre as propostas de alterações estão ainda o reforço dos poderes dos governadores regionais, a proibição dos membros do governo e dos juízes de obterem residência no estrangeiro e a obrigação de os candidatos à Presidência terem vivido nos últimos 25 anos na Rússia.

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