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Presidente da Turquia apela à calma dos manifestantes

Depois de uma noite de confrontos entre manifestantes e polícia na praça Taksim, o presidente da Turquia, Abdullah Gul, veio apelar à calma dos manifestantes e dizer que o Governo está disposto a ouvi-los.

Reuters
12 de Junho de 2013 às 16:42
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“Tenho esperança de que vamos superar esta situação através da maturidade democrática”, afirmou Gul aos jornalistas em Rize, cita o “Financial Times”. “Se têm objecções, é necessário ouvi-los, entrar em diálogo. É nosso dever ouvi-los”, declarou o presidente.

 

Gul, que é visto como uma figura mais conciliadora do que o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, revelou, no entanto, que as manifestações violentas não iriam ser toleradas. “Os que empregam a violência são um caso diferente e temos que os distinguir”, sublinhou o presidente.

 

Esta terça-feira, o primeiro-ministro desafiou os manifestantes a desocuparem o parque Gezi, que está na origem da contestação que já decorre há duas semanas. Erdogan defendeu ainda a acção policial e já avisou os manifestantes, que tomaram as ruas da Turquia a pedir a sua demissão, de que a sua paciência tem limites.

 

A noite desta terça-feira ficou marcada por mais confrontos entre a polícia e os manifestantes, que duraram até aos chamamentos dos muezzin para as orações da manhã. Durante a noite, milhares de manifestantes tentaram reocupar a praça Taksim, perdida para as forças policiais durante a manhã de terça-feira.

 

Os confrontos não foram frutíferos para os manifestantes e ao nascer do dia Taksim era novamente controlada pela polícia, que mantinah os canhões de água, que utilizou durante a noite para dispersar os manifestantes, estacionados nas ruas de acesso à praça.

 

Na tentativa de resolver os protestos, Erdogan reúne-se esta tarde com uma delegação de representantes da sociedade, que inclui dois representantes dos manifestantes. Contudo, muitos dos civis que protestam contra o Governo de Erdogan afirmaram já que não se revêem nos dois interlocutores, ao passo que outros se recusaram participar na reunião depois da intervenção policial desta semana.

 

Os Estados Unidos, aliados da Turquia, expressaram já a sua preocupação em relação ao uso da força por parte das forças de segurança e pediram diálogo entre os manifestantes e o Governo.

 

No início da sessão desta quarta-feira, e no seguimento dos confrontos da última noite, as “yields” das obrigações turcas a dois anos, no mercado secundário, dispararam mais de 7%.

 

De acordo com o governador do banco central da Turquia, Erdem Basci, os investidores reduziram a sua exposição ao mercado turco em cerca de oito mil milhões de dólares desde o início de Maio, sendo que um terço deste valor estará relacionado com os protestos.

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